Após dois anos e dois meses no comando do Palmeiras, o técnico Luiz Felipe Scolari deixou o clube com uma dívida: um churrasco a ser pago caso o atacante Hernán Barcos chegue aos 27 gols nesta temporada, meta estabelecida logo que o argentino desembarcou no Brasil, em fevereiro. Felipão saiu, mas Barcos não se esqueceu da promessa feita pelo comandante.
Com 21 gols na temporada, o Pirata está a seis de cumprir sua meta. Há pelo menos mais 14 jogos para ele tentar alcançar a marca desejada – 12 pelo Brasileiro e dois pela Sul-Americana, ambos contra o Millonarios, da Colômbia.
– Acho que vou ligar para ele (Felipão), ainda não acabou o ano, ele está no Brasil… Se eu conseguir a meta, ele vai ter de pagar – cobrou Barcos.
O atacante estava de bom humor em entrevista concedida nesta segunda-feira, na Academia de Futebol. Ele apareceu sem o seu tradicional cavanhaque, a exemplo do que já havia ocorrido na vitória por 3 a 1 sobre o Figueirense, sábado. Barcos avisou que a mudança de visual foi pensada. Era necessário fazer algo diferente para tentar mudar a situação do Palmeiras no Campeonato Brasileiro.
– Sempre que a situação está ruim, trato de mudar alguma coisa. Tirei o cavanhaque, às vezes tiro outra coisa (risos). Mas que serviu, serviu, pois vencemos – brincou o atacante.
A vitória sobre o Figueira levou o Palmeiras aos 23 pontos na tabela, a cinco do Coritiba, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Outra cena que chamou a atenção foi a entrada do grupo em campo, de mãos dadas.
– Foi uma decisão nossa, pois temos de estar mais juntos. É uma forma de mostrar que o grupo está junto e acredita que pode sair dessa – explicou Barcos.
Com o Pirata em campo, o Palmeiras volta a jogar no próximo sábado, às 21h (horário de Brasília), contra a Ponte Preta. Artur e Obina voltam de suspensão, e Luan e Correa são dúvidas. O primeiro será julgado pelo STJD pela expulsão contra o Corinthians, e o segundo tem dores musculares na coxa direita.
Globoesporte