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Especialistas comentam sobre o perigo por trás das ‘bets’ dos aplicativos de apostas esportivas

Uma febre que avançou sobre as redes sociais, eventos e demais meios de comunicação, as ‘bets’ esportivas, parece não ter limites de crescimento, envolvendo jovens em uma batalha entre prazer e responsabilidade. Consultados sobre os perigos das apostas esportivas que podem se tornar verdadeiros vícios, forma escutados os economistas Thiago Godoy e Lucas Milanez.

Para Thiago, a probabilidade de perder nessas plataformas e jogos eletrônicos é esmagadoramente maior, mas a invasão de novas modalidades de apostas online, na onda das “bets” como “jogo do tigrinho” e “jogo do foguetinho”, tem sido avassaladora. “Os jogos de apostas online, uma febre moderna de diversão digital, proporcionam um universo envolvente que transcende a tela. No entanto, essa imersão virtual também traz consigo desafios que podem comprometer outras áreas da nossa vida. Num mundo onde a conectividade é a norma, a dependência de jogos online emerge como um ponto crítico. O fácil acesso e a complexidade desses jogos podem prender os jogadores em ciclos viciantes, substituindo o calor das interações cara a cara por um isolamento digital prejudicial”, disse.

Ainda segundo Goodoy, existe a armadilha psicológica, também conhecida como “Falácia de Monte Carlo”, essa ilusão se baseia na distorção de padrões e na aversão à aleatoriedade. Ancorada em vieses cognitivos como representatividade e aversão à incerteza, essa crença errônea influencia eventos futuros independentes. A falácia do jogador, um fenômeno psicológico explorado por Tversky e Kahneman, destaca como eventos passados erroneamente influenciam escolhas. Por exemplo, uma pessoa pode achar que tem mais chances de ganhar no futuro porque já perdeu muitas vezes ou, por estar ganhando, acha que continuará com a mesma chance nas próximas rodadas. Sem se basear na probabilidade realista, essa falsa percepção transcende os jogos de azar, influenciando decisões financeiras e padrões cognitivos”, comentou.

Assim também pensa o economista Lucas Milanez, onde destaca que se a ideia é ganhar dinheiro, apostar é o caminho errado, de acordo com ele, as bets são “perigosas para o orçamento familiar” e destacou que essas atividades são desenvolvidas de forma a gerar uma ilusão de que sempre se pode ganhar. “O que não é verdade, porque se fosse, não haveria empresas lucrando com isso”, comentou. Para ele, se a pessoa está com dinheiro sobrando e quer ganhar mais, deve aplicar esse dinheiro em um fundo de investimento para ter uma rentabilidade, “não em um lazer viciante, que tem um potencial nocivo”, disse.

Segundo o estudo “Efeito das apostas esportivas no varejo brasileiro”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e pela AGP Pesquisas, 38% dos entrevistados já realizaram apostas on-line, sendo que mais de 50% deles o fazem ao menos semanalmente e 63% já perderam dinheiro dessa forma

Redação

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