O impasse por conta da abertura dos portões do Estádio Presidente Vargas, na tarde desta segunda-feira, irritou o treinador Luiz Felipe Scolari. Enquanto a Seleção Brasileira treinava no gramado, cerca de 4 mil torcedores aguardavam do lado de fora para tentar acompanhar a atividade – segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), organizada pela Fifa. Só nos minutos finais do treino, com a insistência de Felipão, o público teve acesso.
À beira do gramado, o treinador chegou a se dirigir a um dos responsáveis e exigir que os torcedores pudessem acompanhar a atividade: "o treino é meu", afirmou Luiz Felipe Scolari. Funcionários da CBF tentavam viabilizar o acesso para o público, mas tiveram dificuldade em encontrar as autoridades responsáveis pelo Estádio Presidente Vargas e da própria Fifa. Depois de alguns minutos de impasse, um cadeado foi quebrado à força para permitir a entrada.
A espera para acompanhar a Seleção do lado de fora durou aproximadamente uma hora. Torcedores chegaram a gritar "ei Felipão, abre o portão". Alguns deles, ouvidos pelo Terra, afirmaram que um boato sobre possível treinamento aberto circulou pela internet e meios de comunicação de Fortaleza. Durante a manhã e o início da tarde, carros de som circularam pelo Presidente Vargas com anúncios para o treino. Comercializam ainda alimentos não perecíveis, supostos "ingressos".
Quando o público teve acesso ao treinamento, uma grande festa teve início para a Seleção, que já encerrava os trabalhos com cobranças de pênalti. A pedido da comissão técnica, os jogadores se dirigiram até as arquibancadas para agradecer a festa. "Eles ficaram arrepiados com isso", afirmou o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira.
Terra