Depois de ser hostilizado pelos torcedores quando voltou ao Brasil, após a eliminação da seleção brasileira na Copa-2010, o volante Felipe Melo admitiu ter errado, mas rejeita o título de vilão.
"Tenho minha parcela de culpa, mas dentro de campo eu fiz tudo o que eu poderia fazer. É fácil falar do Felipe Melo, mas o meu comportamento dentro de campo não é desleal, é a minha garra", disse o jogador durante entrevista para a TV Globo.
O jogador também destacou que mantém esperanças em disputar o Mundial de 2014, que será disputado no Brasil. "Meu objetivo é fazer um bom trabalho na Juventus e voltar para a seleção, porque meu sonho não acabou", acrescentou Felipe Melo.
Ao desembarcar junto à delegação brasileira, no Rio, no dia 4 de julho, o volante viu os torcedores protestarem. Ele saiu cercado por seguranças, sem falar com a imprensa. Mais tarde, o jogador da Juventus, da Itália, publicou no Twitter que precisava de um tempo.
"Vou conversar com todos no momento certo. Me ouçam antes de julgar. Por enquanto quero descansar com a minha família. É impossível, mas Deus pode!", revelou Felipe Melo no microblog.
Os torcedores reclamaram de sua atuação na derrota do Brasil para a Holanda pelas quartas de final da Copa. Quando a equipe vencia por 1 a 0, ele, atrapalhado pela saída errada do goleiro Julio César, marcou um gol contra [creditado pela Fifa ao meio-campista Sneijder]. Depois, Sneijder desempatou o jogo.
Para complicar a situação da seleção brasileira, Felipe Melo foi expulso ao pisar no atacante holandês Robben. Nas entrevistas após o jogo, o brasileiro disse que não tinha feito uma jogada desleal.
"Depois do gol bateu aquele desespero. Naquele momento nada no jogo dava certo, queria roubar a bola e acabei fazendo uma falta mais forte. Eu posso ter perdido a cabeça, mas sempre entrei em campo tentando ajudar", completou Felipe Melo.
Folha Online