Presidente da Fifa com mandato até 2015, o suíço Joseph Blatter não é um fã da disputa de pênaltis, a qual segundo ele vai contra a essência do “futebol”. Em entrevista publicada nesta terça-feira pelo site do jornal espanhol As, o dirigente diz estudar alternativas para acabar com esse sistema em finais de Copa do Mundo. Uma opção seria a realização de um jogo de desempate.
Segundo Blatter, a possibilidade de repetir uma final da Copa do Mundo caso a partida termine empatada “é uma boa ideia”. O suíço, no entanto, admite não saber se esse sistema seria possível, dizendo que o assunto “não é fácil porque a final deve se decidir no dia previsto”.
O presidente da Fifa diz esperar “encontrar uma solução que evite os pênaltis na final do Mundial”. De acordo com o dirigente, o atual sistema de desempate “vai contra a essência do futebol, se converte em um duelo de um contra um no que é um esporte de equipe”. Por outro lado, ele ressalta que “para a televisão os pênaltis são o melhor porque disparam a audiência”.
O suíço conta que, durante a prorrogação de 30 minutos de duração, “rezou para que a partida não acabasse nos pênaltis” e torceu pela marcação de um gol. Ele relata ter respirado “tranquilo” quando o meia espanhol Andrés Iniesta balançou as redes, aos 11min do segundo tempo da prorrogação, decretando a vitória de sua seleção por 1 a 0.
Na história das Copas do Mundo, duas finais foram decididas nos pênaltis: em 1994, nos Estados Unidos, onde o Brasil bateu a Itália após empate por 0 a 0; e em 2006, na Alemanha, onde a Itália bateu a França após empate por 1 a 1. Além do Mundial de 2010, decisões de 1934 (Itália 2 x 1 Checoslováquia), 1966 (Inglaterra 4 x 2 Alemanha Ocidental) e 1978 (Argentina 3 x 1 Holanda) foram definidas na prorrogação.
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