O time que não sabe atacar contra a equipe que não sabe vencer fora de casa. O resultado? Empate por 0 a 0, no Maracanã, e mais angústia para Flamengo e Atlético-MG na tabela do Campeonato Brasileiro.
As duas equipes tinham banca de protagonistas, mas depois de 16 rodadas são apenas coadjuvantes na tabela. O atual campeão está em décimo lugar, com 21 pontos, vendo o líder Fluminense (36) quase de telescópio. O Galo não larga a zona de rebaixamento e fica em 18º lugar, com 14 pontos.
O Flamengo, desta vez, até tinha um atacante em campo. Diogo estreou bem. Vontade, técnica, assistência linda para Leandro Amaral perder uma chance clara. Mas por trás havia um time desarrumado e que carece de saúde no seu meio-campo. Petkovic e Renato foram caricaturas dos jogadores que têm respeito e idolatria da torcida.
Refletido em números, o caos ofensivo do Rubro-Negro tem dois gols marcados nos últimos sete jogos. E um deles de pênalti. A situação ficou quase insustentável para o técnico Rogério Lourenço. Ele deixou o gramado sob ofensas da torcida e o grito de "Fora, Rogério".
O Atlético-MG teve como principal mérito aproveitar-se da ansiedade do anfitrião e manter-se na defesa. Mas os números longe de Minas Gerais continuam desastrosos. São seis derrotas e apenas dois empates.
Leandro Amaral e Tardelli para o "Inacreditável FC"
Não era filme repetido. O Flamengo tinha mais posse, mas pouco criava. O primeiro chute a gol só aconteceu aos 11 minutos, em falta cobrada por Petkovic. O Atlético-MG nem isso. A única alternativa dos visitantes eram as subidas pela esquerda de Eron.
Na frente, Diogo corria para um lado, Leandro Amaral corria para o outro. A dupla, a nona do Rubro-Negro em 16 jogos, pedia, mas não recebia.
Aos 25 minutos, Serginho recebeu com liberdade, ajeitou e chutou por cima. O Flamengo respondeu. Correa, que trocou de posição com Willians e passou a jogar no lado direito, cruzou e Diogo subiu para cabecear, mas Lima conseguiu atrapalhá-lo. O zagueiro se machucou, foi substituído por Cáceres, mas passa bem (assista ao vídeo).
No lance seguinte, o pé de Marcelo Lomba salvou o Flamengo. Diego Souza passou para Tardelli, que faria o gol se não fosse a saída do goleiro.
Diogo levantou a torcida do Flamengo aos 33. Ele arrancou do meio-campo, driblou três adversários e rolou para Leandro Amaral, na entrada da área: o atacante entrou livre e, de frente para o gol, chutou na perna direita de Fábio Costa.
Diego Tardelli ficou com “inveja” e também colaborou para o Inacreditável FC. Ele recebeu nas costas de Angelim e, sem marcação, bateu rasteiro à direita da baliza.
Se o estreante foi o responsável pelas boas jogadas do Flamengo, o veterano Petkovic teve um primeiro tempo ruim, com erros de passe e lentidão.
Vaias são a trilha sonora do fim de jogo
Renato foi pelo mesmo caminho. E em um lance em que ele parou no meio-campo, aos seis minutos do segundo tempo, Serginho entrou na área e bateu rasteiro. Marcelo Lomba fez ótima defesa.
O Flamengo seguiu postado no ataque, mas sem chutar a gol. E cedia generosos espaços ao Galo. Em um deles, aos 13, Eron avançou pela esquerda e chutou cruzado sem direção.
Foi a senha para a torcida do Flamengo puxar o coro de “burro” dirigido ao técnico Rogério Lourenço. Ele trocou Correa por Galhardo. O jovem, de 19 anos, recebeu na direita e chutou com perigo.
O Flamengo passou a insistir nas jogadas pela direita. Léo Moura tabelou com Galhardo e cruzou. Diogo subiu, mas cabeceou por cima. Na irritação da torcida sobraram vaias (tímidas, é verdade) para Renato.
Exausto, Diogo saiu ovacionado pela torcida. Na pressão dos minutos finais, Léo Moura cruzou, Val Baiano bateu de primeira, Fábio Costa espalmou a e bola explodiu no travessão. O Atlético-MG ainda teve uma chance final após saída errada da Marcelo Lomba, mas João Pedro mandou para fora. A trilha sonora do fim da partida foram as vaias ao técnico Rogério Lourenço.
G1