Racing e Flamengo protagonizaram uma partida tensa, cheia de possibilidades de um placar mais elástico, mas o empate em 1 a 1 no Estádio El Cilindro, em Buenos Aires, deixou tudo em aberto para a volta das oitavas da Libertadores. Fertoli inaugurou o placar para os mandantes, Gabriel Barbosa respondeu aos 14 minutos do primeiro tempo. E parou por aí, mas não por falta de tentativa. Os mandantes tiveram dois gols anulados e o Fla um, todos acertadamente.
Com o resultado, o time de Rogério Ceni recebe o Racing na próxima terça-feira, no Maracanã, com uma pequena vantagem: o empate de 0 a 0 garante o Rubro-Negro nas quartas de final da Copa por conta do gol marcado fora de casa. Quem vencer, avança, por sua vez, enquanto um novo empate em 1 a 1 levará a decisão por pênaltis. Qualquer outro empate serve ao time argentino.
Animado por contar com Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa iniciando uma partida juntos após três meses, o Flamengo se viu com um problema ainda no aquecimento: Isla, com dores na coxa direita, não foi a campo e Rogério Ceni optou por improvisar Renê na lateral-direita. Como era de se esperar, a troca fez o time perder ofensividade por aquele lado. Everton Ribeiro, que costuma fazer boa dupla com o chileno, não teve o apoio de Renê.
O maior problema do Rubro-Negro, contudo, foi o mesmo das últimas partidas; a insegurança e as falhas defensivas. Ciente disso, o Racing começou exercendo forte pressão na saída de bola, especialmente em cima de Léo Pereira e Thuler. O início foi problemático para o Flamengo, que viu Fertoli abrir o placar aos 12.
O meia Fabrício Domínguez, aposta certeira de Beccacece para o jogo, deixou Filipe Luís e Gerson para trás e, no vacilo geral da zaga, o camisa 7 do Racing apareceu livre na pequena área para fazer 1 a 0. Diego Alves também vacilou, deixando o espaço entre o seu corpo e a primeira trave, onde a bola passou.
A resposta do Flamengo foi imediata, em lance que fez o torcedor rubro-negro lembrar dos grandes momentos vividos na última temporada. Bruno Henrique arrancou pela esquerda, deixou o marcador para trás e cruzou para Gabigol na área. O camisa 9 não teve dificuldades para empurrar a bola para as redes: 1 a 1 aos 14 minutos. O Racing não conseguiu manter a pressão por todo o tempo, mas seguiu encontrando espaços e foi para o intervalo com mais finalizações (7 a 3), mas, em chutes certos, houve igualdade. Por um lado, Lisandro López fez Diego Alves ir ao chão em cabeçada, enquanto Bruno Henrique acertou a trave.
Impedimentos mantém o placar inalterado
O início da segunda etapa foi como o da primeira: Racing marcando o rival em seu campo de ataque. Contudo, o time de Beccacece “trocou de lado”, percebendo a dificuldade de Renê em fechar a linha de fundo com o pé direito. Aos cinco minutos, em dois cruzamentos de Mena, Lisandro López já havia tido um gol anulado (corretamente por impedimento) e perdido outra chance clara. Nos dois lances, Léo Pereira e Thuler não conseguiram interceptar os passes.
Pelo Flamengo, quem levou perigo à meta de Arias foi Vitinho, que entrou no lugar de Gabigol aos 11. Contudo, o camisa 11 estava impedido nos dois lances: no primeiro, serviu Arrascaeta que chegou a balançar a rede; no segundo, o goleiro argentino fez boa defesa e espalmou para escanteio, mas já não valia.
A partir dos 25, o Racing aparentou sentir o cansaço. O Flamengo, com maior participação de Everton Ribeiro, Arrascaeta e Vitinho, passou a dominar as ações ofensivas, mas seguiu vacilando lá atrás. O time argentino chegou a marcar o segundo gol, mas impedimento foi assinalado pelo juiz corretamente.
Com a expulsão de Thuler, após revisão no vídeo, Rogério Ceni entendeu que o empate em 1 a 1 estava de bom tamanho, e o Flamengo valorizou o resultado – e o tempo, com três trocas – a partir dos 35, e o Racing não foi capaz criar mais.
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