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Flamengo leva três do Athletico, é eliminado da Copa do Brasil e vê torcida xingar Renato

Diante de um Maracanã efervescido por 30 mil pessoas, o Athletico-PR abalou o estádio depois de suportar a pressão de um time perdido, venceu por 3 a 0 e eliminou o Flamengo, com gols de Nikão (2) e Zé Ivaldo, na noite desta quarta-feira, pela volta das semifinais da Copa do Brasil. Enfurecida, a torcida mandante terminou a partida xingando Renato Gaúcho e pedindo a volta de Jorge Jesus. O Furacão, agora, irá enfrentar o Atlético-MG na decisão do torneio.

A partida nem precisou de um pretexto para ser ligado em 220v. Desde o minuto inicial, com muita falação e jogadas truncadas, o jogo foi nervoso, e o Athletico soube aproveitar a ansiedade do outro lado. Ainda aos 9′, o time de Valentim roubou a bola no meio (de Diego) e avançou em bloco até parar no área, com pênalti de Filipe Luís em Kayzer. O lance só foi assinalado após recomendação do VAR, e Nikão deixou os visitantes na frente logo cedo.

VAR CHAMA: NADA DE PÊNALTI

O VAR voltou a chamar um perdido Wilton Pereira Sampaio, que marcou pênalti inexistente em Bruno Henrique minutos depois. A marcação foi cancelada, porém ficou marcada por mais um lance que triturou outro jogo pobre do Flamengo – e de ampla vantagem tática do Athletico, que por vezes posicionava seis marcadores na primeira linha de defesa. Nada se criava em meio a uma embromação que culminou em dez minutos de acréscimo, por exemplo.


Mas o Athletico não fez apenas cera. Teve o mérito de se atirar em contragolpes e encontrar latifúndios no frágil sistema defensivo do Flamengo. Nikão e Renato Kayzer trocaram passes, alguns jogadores do Rubro-Negro carioca “largaram” à espera de uma marcação do VAR, e o camisa 11 aproveitou o espaço para finalizar, sendo feliz contando com um frango inexplicável de Diego Alves, pouco antes do intervalo: 0x2. Andreas ainda perdeu um gol da marca da cal, após boa jogada de Isla e Everton Ribeiro pela direita, o que deixou a torcida ainda mais desesperada no intervalo.


lamengo voltou para o segundo tempo para o tudo ou nada. Não era para menos. Michael entrou na vaga de Diego e acendeu o time de Portaluppi com diversas boas jogadas individuais. Em uma delas, saiu da ponta esquerda para direita passando por meio time e parou em Santos, que passou a alçar o seu nome ao protagonismo enquanto os mandantes estavam no abafo e pilhavam jogadores à frente da área rival. Faltava inspiração, sobrava transpiração.

ATHLETICO COM UM A MENOS E… GOL DO FURACÃO

Com metade do time de linha modificado ainda cedo, a organização do Flamengo ficou em segundo (terceiro, quarto…) plano. Por vezes, o Fla tinha cinco atacantes, enquanto o Athletico pouco tinha tempo para sair de trás e respirar. Isso não resultou em gol, para desespero dos cariocas, que ainda jogaram por cerca de 15′ com um jogador a mais, já que Khellven foi expulso quatro depois de ser acionado por Valentim. E saiu gol, mas do Athletico. Em contragolpe de almanaque, já no final, Zé Ivaldo recebeu de Pedro Rocha e definiu o marcador.


Ainda antes do terceiro gol atleticano, a torcida começou a cantar em uníssono “Olê, olê, olê, Mister, Mister (em alusão a Jorge Jesus)” e a xingar Renato Gaúcho, que ficou incólume à beira do campo. Por fim, enquanto o Athletico vibrava até o apito final, as arquibancadas ainda entoaram o grito de “time sem vergonha”. Vaga mais do que merecido para os letais paranaenses.

Lance

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