O último clássico para Flamengo e Vasco na temporada, nesta quinta-feira, foi tenso, falado e fantasiado de decisão de campeonato. O duelo da vez foi válido pela 34ª rodada do Brasileiro, no Maracanã, e contou com tempos de características distintas. Mas deu Rubro-Negro, com gols de Gabigol e Bruno Henrique, em vitória por 2 a 0 e sabor de dose dupla na conta da noite, já que se aproximou do Octa e, de quebra, aumentou o drama do arquirrival.
Os próximos jogos de Flamengo e Vasco serão domingo e quarta-feira, contra Red Bull Bragantino e Fortaleza (ambos fora de casa), respectivamente. Neste momento, a equipe de Rogério Ceni está com 64 pontos, agora a dois atrás do Internacional (líder), que empatou na noite. A de Vanderlei Luxemburgo, por sua vez, estaciona nos 37 pontos – a dois acima do Z4.
Um início de monólogo do Fla
O jogo esteve roteirizado para um monólogo do Flamengo na etapa inicial. Com os mesmo jogadores de linha dos últimos jogos, o time de Ceni alugou o campo de ataque, encontrou espaços com o setor ofensivo móvel e sufocou as saídas de bola do Vasco, que não encontrou nem sequer uma válvula de escape para incomodar Hugo Souza – aliás, não finalizou na meta, e o talentoso Gabriel Pec, por exemplo, passou despercebido, tanto que saiu cedo.
Apesar da imposição em relação à volume de jogo, o Flamengo não criou tantas chances claras no primeiro tempo. A mais cristalina foi uma em que Gabigol, após Arrascaeta recuperar uma bola na frente, ficou frente a frente com Fernando Miguel e finalizou fraco, parando no goleiro, autor de uma defesa importante também em arremate de Gerson, o melhor em campo, de fora.
Gabigol foi de “8 a 80” ainda antes de ir para o vestiário. Bruno Henrique sofreu um pênalti (confirmado apenas com o VAR) em um lance que vai gerar debates pós-jogo, já que Léo Matos – que já tinha amarelo – empurrou o atacante embaixo do travessão. Gabigol chamou a responsabilidade para si e guardou, findando a primeira parte marcada pelo atropelo dos mandantes.
Para a etapa final, o Flamengo, mesmo em vantagem, voltou intenso para marcar. Mas o Vasco pôs a faca nos dentes e, com três alterações desde o reinício, adiantou a marcação e foi gradualmente trocando mais passes… e respirando. Até os dez minutos, exemplificando, Hugo trabalhou, e Cano perdeu um gol dentro da área, com a bola indo para a fora e tendo um destino atípico do que está acostumada quando sai dos pés do argentino.
O último ato foi do ‘rei’
Se o primeiro tempo foi um monólogo do Flamengo, o segundo teve equilíbrio, com boas chances do Vasco, mais elétrico, competitivo e talhado para chegar à área. Mas o último ato do Clássico dos Milhões teve o protagonista via Rubro-Negro: o “Rei dos Clássicos”.
Internacional – Chegou ao fim a sequência de nove vitórias consecutivas do Internacional. Nesta quinta-feira, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, o time de Abel Braga ficou apenas no empate sem gols com o Athletico-PR, fora de casa.
Com o resultado, o Colorado viu a sua vantagem na liderança do Brasileirão diminuir. Agora, o clube gaúcho tem 66 pontos, contra 64 do vice-líder Flamengo, que venceu o Vasco nesta noite. Já o Furacão, que está de olho em uma vaga na Libertadores, está em décimo, com 46.
O Internacional volta a campo agora na próxima quarta-feira, dia 10, diante do Sport, às 19 horas (de Brasília), no Estádio Beira-Rio. No mesmo dia, mas às 21h30, o Athletico-PR visita o Corinthians, na Neo Química Arena.
O jogo – A etapa inicial começou com os anfitriões melhores na Arena da Baixada. Com o relógio marcando 18 minutos, Léo Cittadini aproveitou a sobra de bola e emendou um belo chute na trave.
Com o susto, os visitantes passaram a entrar no jogo. Aos 23, Rodinei arriscou de longe e também carimbou o poste. Na sequência, o lateral voltou a levar perigo, dessa vez em cobrança de falta que parou em difícil defesa de Santos.
Já a segunda etapa foi bem truncada. Os dois times estavam tensos em campo e isso deixou a partida com muitas faltas e discussões. Dessa forma, o primeiro chute mais perigoso saiu apenas aos 30 minutos, quando Nikão arriscou de longe e obrigou Marcelo Lomba a trabalhar.
Nos minutos finais, o Inter até esboçou uma pressão em busca de um gol salvador, mas não foi o suficiente para tirar o zero do placar.
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