No primeiro jogo pós-Fernando Diniz, o Fluminense conseguiu sair da Arena Corinthians com um empate que mantém viva a esperança de classificação nas quartas de final da Copa Sul-Americana . O tricolor foi competente na marcação, mas também não deu perigo ao adversário. O saldo foi um 0 a 0 que leva o Flu a ter que vencer na próxima quinta-feira, no Maracanã, para chegar às semifinais.
Com Marcão de interino no banco enquanto o novo contratado, Oswaldo de Oliveira, não assume, foi possível notar certa diferença em relação aos tempos de Diniz. Ao mesmo tempo, o time não se livrou por completo do DNA da filosofia de jogo do antecessor.
Claramente foi um Fluminense muito mais preocupado em tirar os espaços do adversário. Na fase defensiva, as linhas tricolores ficaram muito mais recuadas do que antes. E também muito próximas. Isso representou problemas para o Corinthians, que apelou para cruzamentos na área. Sem efetivamente ameaçar.
O efeito colateral do cuidado maior em não sofrer gol fora de casa foi a falta de criatividade no ataque. O Flu da Arena Corinthians foi a antítese do tricolor que perdeu para o CSA no Maracanã, em termos de produção de chances de gol. Em ambos, ressalte-se, o time não balançou as redes.
Os contra-ataques do Fluminense também ficaram mais travados pela opção de iniciar com Nenê como titular. Essa, sim, já foi uma decisão com dedo de Oswaldo de Oliveira. Em nome de um time mais cascudo, João Pedro começou no banco e só foi a campo aos 41 do segundo tempo.
Dentro desse contexto, Yony González, que seria uma válvula de escape na frente, não funcionou. A entrada de Wellington Nem na etapa final tampouco surtiu o efeito desejado.
O traço mais claro da herança de Fernando Diniz foi a capacidade de trocar passes no meio-campo. Isso o Flu não perdeu, principalmente por causa de Allan. A técnica desse rapaz chama a atenção, e não por acaso ele foi chamado para a seleção brasileira sub-23.
Ganso também foi combativo, dentro desse contexto de preocupação tricolor com a defesa. O que o capitão não conseguiu foi acertar passes em profundidade. E aí veio o mérito da eficaz zaga corintiana.
O Corinthians, vendo que o tempo passava e nada muito relevante acontecia, só efetuou uma pressão mais intensa nos dez minutos finais. Fábio Carille lançou os centroavantes que tinha no banco — Gustagol e Boselli —, tentou sufocar o tricolor. Gustagol chegou a acertar o travessão de Muriel. Alívio. Esse lance não torna menos relevante a atuação de Nino e Frazan na zaga tricolor.
O empate para o Fluminense vai além do fato de manter viva a esperança de classificação. É uma resposta com potencial de causar efeito anímico no Brasileirão, em um momento no qual o time ocupa a zona de rebaixamento.
Globoesportes.com
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