Abraçados, os seis ginastas olharam o telão e pareciam não acreditar no que viam. O sorriso se abriu largo nos rostos de Arthur Zanetti, Arthur Nory, Diego Hypolito, Francisco Barretto, Lucas Bitencourt e Sérgio Sasaki.
O grupo do Brasil festejava a sexta colocação na inédita final por equipes do Mundial de ginástica artística, na China. O resultado animou o time. Se chegar à decisão de Nanning já foi um sonho realizado, os ginastas se permitem vislumbrar resultados ainda mais expressivos, como mirar um pódio nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
– Já era um sonho estar aqui, ganhar uma posição foi a cereja do bolo. Foi o ápice da felicidade. Isso ajudou muito nossa autoestima, para os atletas saberem que agora que temos sim chances reais de medalha olímpica. A gente nunca imaginou que poderia estar em uma final por equipes. A medalha olímpica pode ser que venha. É só trabalho – disse Sasaki.
– Fizemos uma bela performance. Foi para mostrar assim: “Abre o olho que o Brasil está aqui”. Está chegando. Falta pouco, mas estamos entre os melhores do mundo – completou o campeão olímpico das argolas Arthur Zanetti.
À frente do Brasil em Nanning, apenas o G-5, o grupo das potências que o bielorrusso Vladimir Vatkin, técnico chefe da equipe brasileira, considerava inalcançáveis neste Mundial. A diferença, porém, caiu. E muito. Pouco menos de sete pontos separaram o time verde-amarelo dos Estados Unidos, que ocuparam o último degrau do pódio na China – os anfitriões levaram o título em uma vitória na última nota sobre o Japão.
– É inacreditável a gente chegar a uma final do Mundial. É a primeira vez na história. Nunca imaginei na minha carreira que iríamos passar por isso. É um sonho realizado – disse Diego Hypolito.
– Agora, os atletas, os árbitros já te olham de outra maneira. Isso aumenta o moral para o Brasil. Na próxima competição que a gente chegar, somos finalistas mundiais. O Brasil começa a ser olhado de outra forma – comemorou Francisco Barretto.
O próximo grande desafio do Brasil como equipe será o Pan-Americano de Toronto, em julho de 2015. A principal meta, porém, é voltar à final do Mundial em outubro do ano que vem, em Glasgow.
A participação do Brasil em Nanning agora continua com as disputas individuais. Sérgio Sasaki e Arthur Nory competem no páreo dos ginastas mais completos nesta quinta-feira, às 8h (de Brasília) – o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. No sábado, às 2h, Diego Hypolito buscará mais uma medalha no solo, poucas horas antes de Arthur Zanetti defender seu título mundial nas argolas. Sasaki volta ao ginásio Guangxi no domingo, às 2h, para fechar a participação verde-amarela na China na final do salto.
Globo Esporte
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