O atacante Grafite deu até agora a entrevista coletiva mais emotiva de toda a seleção brasileira depois que o time se reuniu, no dia 21 de maio. O jogador usou neste sábado (5) a descontração para explicar como recebeu a convocação para o time, e contou que estava na companhia de seu cachorro quando ficou sabendo que iria para a Copa do Mundo.
O atleta do Wolfsburg, da Alemanha, afirmou que estava muito nervoso para ver nome a nome a lista dos convocados e deixou essa tarefa para os seus familiares e amigos.
– Lembro que estava em casa na Alemanha. A convocação no Brasil foi à 1h da tarde lá eram 6h da tarde. Quando cheguei em casa, estava todo mundo na agonia, minha esposa, o empresário. Pensei: "vou subir para o meu quarto". Deitei um pouco e, quando acordei, faltavam 15 minutos para as 6h. Falei: “não vou ficar aqui”. Fui para fora e sentei no jardim, meu cachorro estava comigo. Daqui a pouco eu escuto um grito e veio todo muito para cima e todo mundo começou a chorar… Lembro da minha mulher falando: “você merece, você lutou pra isso”.
O jogador disse que a convocação veio “no último minuto” e comparou a chance ao seu começo tardio no futebol, quando tinha 21 anos. Segundo Grafite, a ida à Copa do Mundo nem era imaginada por ele três meses antes do Mundial.
– Acompanhei a imprensa pedindo a convocação do Neymar e do Ganso. Eu sabia que estavam falando meu nome nos bastidores, mas sabia que as chances eram remotas… Eu não criei tanta expectativa, porque na temporada 2009 eu terminei como artilheiro e campeão e achei que ia ser convocado contra o Paraguai, no Recife, e não fui. Então não criei muita expectativa.
Apesar de Dunga pedir para que os jogadores "entrem duro" nos amistosos, Grafite reconheceu que teme ser cortado e que os atletas participam dos treinos e jogos com mais cuidado antes do Mundial.
– Estávamos treinando e o pessoal comentou do Drogba, do Ferdinand e a gente vem acompanhando a Alemanha, que perdeu dois ou três, o Pirlo… É complicado. A gente tem que tomar cuidado, a gente não vai assim com tanta ênfase nas divididas, porque ninguém quer perder uma Copa do Mundo.
R7