O Atletiba deste domingo foi igual. Os rivais se equilibraram em erros, acertos e até na sorte para assistências em lances bisonhos de seus atacantes para empatar por 2 a 2 na Arena da Baixada, resultado que pouco muda o panorama de Atlético-PR ou Coritiba ao final desta oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Só duas expulsões do Coxa, já no fim do jogo, destoaram no clássico.
Ainda no primeiro tempo, furadas viraram passes para gols. Aos 18, Marcos Aurélio tentou chutar de direita, deixou a bola bater em seu tornozelo esquerdo e acabou lançando para Wellington Paulista abrir o placar. Aos 24, Ytalo não dominou nem finalizou na área, mas ajeitou para Walter empatar.
No segundo tempo, Ruy aproveitou lançamento de Marcos Aurélio para desempatar, aos 31, mas Edigar Junio aproveitou dificuldade de João Paulo para dominar a bola na área, sentenciando a igualdade, aos 36. Aos 44, Wellington Paulista virou o desequilíbrio negativo do clássico, dando um chutão para desrespeitar a arbitragem e sendo expulso. E Norberto levou segundo amarelo, já nos acréscimos.
Antes líder, o Atlético-PR acumula a segunda rodada seguida sem vitória , mas termina o domingo em terceiro lugar, com 16 pontos, dentro da faixa de classificação à Libertadores. O Coritiba, por sua vez, não sairia mesmo da zona de rebaixamento e fica em antepenúltimo, com quatro pontos, só que com mais moral para crescer na competição.
O jogo – O Coritiba protagoniza campanha bem pior, mas resolveu começar o clássico se impondo no campo do Atlético-PR. Ney Franco deixou Wellington Paulista, na teoria, sozinho na frente, mas o atacante saia da grande área e abria espaço para a movimentação de Esquerdinha e Marcos Aurélio. Como o time estava bem protegido com um trio de volantes marcando no meio-campo, o Coxa se impôs.
O Atlético-PR não conseguia levar a bola a Douglas Coutinho, Ytalo e Walter, seu trio ofensivo, isolando também Felipe, principal arma criativa, entre os volantes adversários. Ficou tranquilo para o rival se encontrar em campo e Esquerdinha só não abriu o placar aos oito minutos, porque o goleiro Weverton fez excelente defesa.
Quando o Furacão resolveu se adiantar, contou com azar para Wellington Paulista, à vontade no clássico, abrir o placar. Aos 18, Marcos Aurélio furou chute de fora da área bisonhamente, já que tentou finalizar com a direita e a bola bateu em seu tornozelo esquerdo. Mas o erro virou passe para Wellington driblar Kadu e tocar por cima de Weverton.
O Atlético resolveu ir à frente na marra e, na sua primeira chance real, teve sorte, como o rival, para balançar as redes. Aos 24, foi a vez de Ytalo não conseguir dominar nem finalizar, mas, sem querer, ajeitar para Walter encher o pé, empatando o clássico de assistências involuntárias.
A igualdade no placar gerou equilíbrio em campo, principalmente nos passes errados nas tentativas dos dois times em acelerar o jogo no ataque. Em meio aos vacilos, Esquerdinha cabeceou rente à trave, aos 28, e Douglas Coutinho aplicou voleio que parou no goleiro Bruno, já nos acréscimos.
Para a volta do intervalo, o Furacão resolveu tomar a rédea das partidas. Usou mais as pontas em seu 4-3-3 e forçou tanto que logo Ney Franco reforçou a marcação no meio-campo. Mas o Rubro-negro falhava quando tentava dar a assistência para virar o placar e, quando deu espaço para contra-atacar, viu o Coritiba sofrer com o mesmo problema.
Diante de tanto equilíbrio, Marcos Aurélio teve tranquilidade parar erguer a cabeça aos 31 minutos e lançar Ruy, que girou para bater forte, de primeira, recolocando o Coxa à frente no placar. Mas a calma exagerada prejudicou o Coritiba: aos 36, Walter desviou de cabeça e João Paulo se enrolou ao tentar dominar a bola, deixando-a para Edigar Junio finalizar na pequena área, empatando um clássico absolutamente igual. Só Wellington Paulista quis destoar, dando um chutão para desrespeitar a arbitragem e sendo expulso, já aos 44.
Gazeta Esportiva
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