Após quatro meses de silêncio, o goleiro Júlio César finalmente voltou a falar com a imprensa brasileira sobre a derrota da Seleção Brasileira nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul e em especial do primeiro gol da vitória holandesa de 2 a 1. Um pouco abatido no início da entrevista exclusiva que concedeu em Milão ao SporTV, ele dá um sorriso aberto no fim, com a esperança estampada de poder pagar o débito com a torcida brasileira em 2014.
O goleiro revelou que convive há quatro meses com a dor de ter sofrido o gol que decidiu a desclassificação do Brasil:
– O que eu posso falar é que até hoje me faz mal. Essa Copa do Mundo eu estava muito confiante. Eu ainda quando deito, ponho minha cabeça no travesseiro, ainda me lamento, ainda me emociono e fico triste realmente, porque eu sabia que a gente tinha tudo para ganhar a Copa do Mundo.
Considerado por muitos o melhor goleiro do mundo antes do Mundial, Júlio tinha expectativas pessoais na África do Sul.
– Tudo caminhava para ser uma coisa bem legal em termos individuais para mim e acabou acontecendo tudo ao contrário – afirmou.
Ao analisar o gol , Júlio César abordou mais os aspectos emocionais do que técnicos do lance:
– Você se sente, naquele momento, sozinho. Você diz assim: "Meu Deus o que aconteceu?" Foi um lance um pouco particular. Eu saí, o (Felipe) Mello não me ouviu, ele acabou tocando de cabeça… E aí fica aquela coisa "a culpa é de quem". A gente sempre pensa num culpado quando vem a derrota. Então é um gol que está me machucando muito até hoje.
Perguntado se está se achando culpado, ele admitiu de certa forma a responsabilidade pela eliminação na África do Sul:
– Acho que o gol pesou sim no aspecto emocional dentro da equipe. Isso aí eu não vou esconder nunca de ninguém.
E fez uma revelação sobre os bastidores da fechada Seleção de Dunga:
– O Dunga e o Jorginho montaram um quebra-cabeça com a taça da Copa dividida em sete partes (cada uma representando um jogo), com um retângulo em cima representando o título. Depois de cada jogo, o Dunga entregava para o Lúcio uma parte e ele ia lá e colava. O quadro ficava bem em cima da mesa onde a gente comia… (embarga a voz) E isso tudo ainda me emociona. Foi um período difícil.
O goleiro afirma que o capitão da Seleção e seu companheiro no Inter de Milão é que mais o ajudou após a Copa:
– Sair de casa foi o mais difícil. Só saí de casa, porque o Lúcio me ajudou. Depois de oito dias eu saí de casa. Não saía para nada, não queria ver ninguém.
Confiança no futuro
Mano Menezes assumiu o lugar de Dunga e já fez três convocações após a Copa do Mundo, mas Júlio César não esteve em nenhuma delas. Ele admite que está incomodado com isso, mas se mostra confiante:
– Não conheço o Mano, mas conhecendo cabeça de treinador, já estando nesta vida de futebol já há tanto tempo, não vai ser um simples lance que vai pesar numa opinião, numa convocação ou numa escalação. Não vou dizer que não estou incomodado com isso. Quero estar na Seleção, quero participar, quero estar sempre.
No fim da entrevista ele mandou um recado para os torcedores do Brasil:
– Agradeço muito de coração. E fica aí um débito com vocês. E se Papai do Céu me abençoar e tudo der certo, se eu fizer parte do grupo de 2014, quero muito ganhar essa Copa do Mundo junto com a torcida brasileira.
G1
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