Pela primeira vez o Mundial de judô contou com uma prova que mescla homens e mulheres no mesmo time. Trata-se da prova mista por equipes, que também estreará em Olimpíadas nos Jogos de Tóquio-2020. Bom para o Brasil, que já subiu ao pódio na primeira vez que a Federação Internacional de Judô testa esse modelo de disputa: foi vice-campeão no Mundial de Budapeste, na Hungria, fechando o campeonato com cinco medalhas.
O primeiro ouro da prova foi decidido entre Brasil e Japão, neste domingo (3/9). A vitória dos japoneses foi incontestável, por 6 x 0. Do lado verde-amarelo, Rafaela Silva, Marcelo Contini, Maria Portela, Victor Penalber, Maria Portela e o Baby perderam as respectivas lutas da decisão.
Com o resultado, o Brasil se despede de Budapeste com cinco medalhas na bagagem. Além da prata por equipe, o país ganhou um ouro com Mayra Aguiar, uma prata com David Moura, e dois bronzes, com Érika Miranda e Rafael Silva.
Antes, as provas por equipes no judô eram separadas: havia a disputa masculina e a feminina. Nela, por sinal, o Brasil soma oito medalhas em mundiais. São quatro pratas e dois bronzes, no masculino, e um bronze e uma prata, no feminino. As provas mistas neste formato também não integravam o programa olímpico.
Entenda como funciona a prova
Cada etapa da competição por equipes mistas conta com seis lutas, três entre mulheres e três entre homens. Vence o país que conquistar o maior número de vitórias. Em caso de empate, a equipe com maior número de vitórias por ippon ganha. O segundo critério de desempate é o número de vitórias por waza-ari.
Caso o empate permaneça, uma categoria de peso é sorteada para fazer a luta de desempate no formato de golden score. Nela, o judoca que conseguir a primeira vantagem, mesmo que seja apenas uma punição, sagra a equipe campeã.
É preciso selecionar os seis que lutam em cada etapa (oitavas, quartas, semifinais e final), mas cada país pode contar com um elenco maior de inscritos na prova.
Elenco brasileiro na equipe mista do Mundial
Érika Miranda (57kg)
Rafaela Silva (57kg)
Maria Portela (70kg)
Maria Suelen Altheman (+70kg)
Beatriz Souza (+70kg)
Marcelo Contini (73kg)
Eduardo Katsuhiro (73kg)
Victor Penalber (90kg)
Eduardo Bettoni (90kg)
Rafael Silva, o Baby (+90kg)
David Moura (+90kg)
Veja a trajetória da equipe mista brasileira no Mundial de Budapeste
Oitavas de final: Brasil 5 x 1 Polônia
Rafaela Silva (57kg): vitória por waza-ari
Marcelo Contini (73kg): vitória por ippon
Maria Portela (70kg): vitória por imobilização
Eduardo Bettoni (90kg): vitória por waza-ari
Maria Suelen Altheman (+70kg): vitória por imobilização
David Moura (+90kg): derrota por imobilização
Quartas de final: Brasil 5 x 1 Canadá
Rafaela Silva (57kg): derrota por waza-ari
Marcelo Contini (73kg): vitória por imobilização no golden score
Maria Portela (70kg): vitória por waza-ari
Victor Penalber (90kg): vitória por dois waza-aris
Maria Suelen Altheman (+70kg): vitória por imobilização
Rafael Silva, o Baby (+90kg): vitória por waza-ari
Semifinal: Brasil 4 x 2 Rússia
Rafaela Silva (57kg): vitória por waza-ari
Eduardo Katsuhiro (73kg): vitória por punição a Uali Kurzhev no golden score
Maria Portela (70kg): vitória por imobilização
Victor Penalber (90kg): derrota por ippon
Maria Suelen Altheman (+70kg): vitória por waza-ari seguido de imobilização
Rafael Silva, o Baby (+90kg): derrota
Final: Brasil 0 x 6 Japão
Rafaela Silva (57kg): derrota por imobilização
Marcelo Contini (73kg): derrota por waza-ari
Maria Portela (70kg): derrota por punição no golden score
Victor Penalber (90kg): derrota por waza-ari
Maria Suelen Altheman (+70kg): derrota por imobilização
Rafael Silva, o Baby (+90kg): derrota por ippon
Redação