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Para técnico Cuca, título brasileiro é possível: ‘É só não fazer besteira’

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Para técnico Cuca, título brasileiro é possível: ‘É só não fazer besteira’


Treinador acredita que Cruzeiro está no caminho certo, principalmente
se repetir as últimas apresentações que teve no campeonato nacional
 

Há pouco mais de quatro meses no cargo, o técnico Cuca tem hoje um reconhecimento bem diferente da época em que chegou ao clube. Ele não era o preferido da torcida. Muitos cruzeirenses o viam com desconfiança por se tratar de um profissional que ganhou apenas um título de expressão na carreira, o Carioca de 2009 com o Flamengo. Atualmente, comanda o time líder do Brasileiro e faz torcedores sonharem com uma nova conquista. A respeito desse retrospecto recente, ele prefere não comentar. O foco está no futuro, daqui a nove rodadas, que é quando termina o campeonato.

– Quando cheguei aqui, um jornalista me chamou de colono, que é um cara do mato. Disse que eu tinha somente 35% de aprovação da torcida. Mas, para quem estava chegando, estava bom. Acho que agora está bem mais, né? Aqui é um campo que se abriu para mim, um lugar que sempre falei que tinha vontade enorme de trabalhar. E hoje estou realizando esse sonho, com as coisas indo bem. Então, não fico pensando atrás, mas na frente, nos nove jogos que faltam.

E ao comentar esta reta final do Brasileiro, Cuca destaca o momento especial vivido pelo Cruzeiro, com boas atuações e comprometimento. Para ele, a receita do sucesso está na manutenção do que está sendo realizado.

– Se a gente vem fazendo uma campanha tão boa, o que pode fazer que ela fique ruim? Se nos últimos 14 jogos o Cruzeiro ganhou 10, empatou três e perdeu um, o que pode fazer o Cruzeiro sair dessa linha? Por isso, o certo é fazer as mesmas coisas que estamos fazendo até agora. É só não fazer besteira. Seguir da mesma forma que as coisas podem dar certo para nós. Temos que estar preparados para tudo. Outro dia Fluminense e Corinthians também foram líderes e nós subimos. Outras equipes também podem subir.

Cuca lembra que nos momentos ruins o grupo se fechou. Não procurou um ou outro responsável pela derrota. Para ele, caso o Cruzeiro venha a tropeçar em algum dos nove jogos restantes, deve repetir o comportamento e ter maturidade, como fez em outras oportunidades.

– Quando perdemos, sempre administramos. Dividimos um pedacinho da responsabilidade para cada um. E se vier a acontecer, e pode acontecer, é fazer a mesma coisa. Porque o mesmo grupo que perde é o que ganha. Então, se a gente fizer o caminho igualzinho ao que estamos fazendo, porque não vai dar certo?, observa o treinador.

Cuca é só elogios ao elenco cruzeirense. Conta que nunca pensou ser fácil lidar com 35 atletas, pois sabe que cada pessoa tem seu temperamento, reage de uma maneira à determinadas situações. No entanto, ressalta as qualidades do grupo que encontrou e assumiu na 8ª rodada. E comemora que, no Cruzeiro, a união tem prevalecido.

– Por mais que todos pensem coletivamente, não é fácil. Um jogador é titular num jogo e não o é no seguinte, nem na reserva vai. São situações normais e que temos que saber administrar. Por isso estamos sempre trabalhando para que o jogador pense mais no grupo que nele próprio. Às vezes é preciso tomar decisões que, muitas vezes, não agradam. Mas é assim que se trabalha em grupo. E eu estou muito contente com o profissionalismo de todos.

Grêmio

O Cruzeiro volta a jogar domingo, com o Grêmio, às 16h, em Porto Alegre. Adversário e local que fazem parte da vida do técnico Cuca. Ele foi jogador e treinador do time e, ainda, tem duas filhas gaúchas. Carinho transformado em elogio quando fala a respeito do Tricolor.

– O Grêmio vive um bom momento. Tem um futebol técnico, vistoso. E nós também, o que fará o jogo ser ainda mais difícil. Sei que a torcida vai mesmo e a força dela é importante para eles. Mas lá vamos nós, para mais um jogo decisivo. Vamos jogar com naturalidade.

Enquanto espera o Grêmio, Cuca faz contas. Ele, que calculava que o campeão brasileiro terminaria a competição com 69 ou 70 pontos, acredita que esses números podem ser maiores. O que aumenta, ainda mais, a responsabilidade do Cruzeiro (que atualmente tem 54) em busca dos três pontos.

 

G1

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