O inédito título da Copa do Brasil conquistado pelo Athletico Paranaense na última quarta-feira, com a vitória de 2 a 1 sobre o Internacional, eternizou na história do clube quatro jogadores nordestinos: o goleiro Santos, além dos laterais Khellven, Madson e Márcio Azevedo. Todos eles fazem parte do elenco utilizado pelo técnico Tiago Nunes.
O paraibano Santos, de 29 anos, foi um dos heróis da conquista. Ele foi decisivo nos duelos contra Flamengo e Grêmio, que foram para os pênaltis. Na final contra o Inter, também teve atuação segura. A história do goleiro fala muito desse novo momento do clube. Após dar os primeiros passos na pequena cidade de Cabaceiras, a 196 quilômetros de João Pessoa, ele passou pelas divisões de base de Treze e Porto de Caruaru – neste último, se destacou na Copa São Paulo de Juniores. Depois disso, foi contratado pelo Furacão em 2009, onde começou a sua trajetória no sub-19.
Outro titular do Athletico que veio da Paraíba é Márcio Azevedo. Mas esse bem mais rodado. Aos 33 anos e em sua segunda passagem pela Baixada, o lateral assumiu a posição depois da venda de Renan Lodi para o Atlético de Madrid. Nascido em Guarabira, a 97 quilômetros de João Pessoa,
Márcio Azevedo despontou nas categorias de base da Desportiva, time da cidade do Brejo paraibano. De lá, foi para o Jalesense-SP e depois para o Juventude, onde se profissionalizou. Após uma rápida passagem pelo Fortaleza, teve a sua primeira experiência no Athletico, em 2008. Jogou ainda no Botafogo, antes de iniciar a carreira internacional, defendendo Metalist e Shakhtar Donetsk, ambos da Ucrânia, além do PAOK, da Grécia. No ano passado voltou ao Furacão.
Se Márcio Azevedo é o nordestino na lateral esquerda, do outro lado a região está representada em dose dupla. Khellven e Madson, que também jogaram a final contra o Inter no Beira-Rio, nasceram no Rio Grande do Norte e na Bahia, respectivamente.
Natural de Alexandria-RN, a 375 quilômetros de Natal, Khellven Douglas Silva Oliveira deu os primeiros passos no futebol em Brasília, na Associação Esporte e Vida, em 2014. O seu segundo time foi o Guarani de Palhoça, interior catarinense, onde ficou até o ano passado. Chegou em agosto para atuar no sub-17 do Athletico, subiu para o sub-19, disputou a Copa São Paulo de Juniores e, logo na sequência, jogou os dois amistosos pelo time principal. O Athletico, então, decidiu inscrevê-lo para o segundo turno do Campeonato Paranaense. E Khellven entrou para a história do clube ao ser o primeiro jogador nascido no Século XXI a jogar profissionalmente.
Redação com globoesportes.com