A recente polêmica na Federação Paraibana de Futebol (FPF) sobre uma suposta manobra de Michelle Ramalho para antecipar a eleição e pegar os adversários de ‘calças curtas’ traz um questionamento importante sobre os rumos do futebol na Paraíba: qual o interesse do empresário Arlan Rodrigues em comandar a entidade?
Bem, pelo que se sabe, Arlan é um empresário cajazeirense bem sucedido no ramo de transportes. Ele comanda, de maneira bem sucedida pelo que também se sabe, a Transportes Marajó, empresa que presta serviços de transporte de cargas e logística em portos bem movimentados do Brasil como o de Belém-PA, Barra dos Coqueiros-SE, Suape-PE e, logicamente, o de Cabedelo, onde, segundo a pesquisa deste colunista, sua empresa é a responsável pelo maior volume de cargas movimentadas.
Apesar de seu histórico no futebol, como ex-presidente do Atlético de Cajazeiras e candidato a vice-presidente nas eleições passadas, na chapa do falecido advogado Eduardo Araújo, não parece ser uma boa ideia se dedicar em tempo integral, como um cargo de presidente exige, a uma entidade envolta em imbróglios jurídicos e que quem está lá acaba sendo vitrine para receber pedrada de todos os lados. Todos os presidentes que saíram de lá, enfrentam problemas graves com a Justiça, como Rosilene Gomes e Amadeu Rodrigues.
Tudo bem que é um salário bom, muito bom. Ano passado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mais que dobrou os vencimentos da atual mandatária, Michelle Ramalho, que hoje recebe R$ 50 mil – o que é mais do que o principal jogador de Botafogo-PB ou Campinense. Mas, isso é o suficiente para fazer um empresário bem sucedido se sujeitar a todos os eventuais contras de ser presidente da FPF?
A conta, por enquanto, não fecha. E a coluna está à disposição para ouvir o empresário sobre as suas motivações, ideias e projetos para entrar nessa campanha eleitoral.
Feliphe Rojas
PB Agora