Categorias: Esportes

Proposta de Del Nero por limite de jogos divide dirigentes brasileiros

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 A proposta feita pelo presidente da Confederação Paulista de Futebol (FPF) e vice-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, para solucionar a questão do número de jogos disputados na temporada tem causado as mais variadas manifestações no futebol brasileiro. As opiniões estão dividas sobre a possibilidade de clube e atletas negociarem o limite de atuação durante um ano, de acordo com consultas feitas pela reportagem do Terra.

 

Em entrevista ao site da ESPN Brasil, Del Nero afirmou que um revezamento do plantel tornaria possível a realização de mais jogos na temporada sem sacrificar o elenco. A ideia é que, com ajuda dos sindicatos, jogadores e clubes cheguem a um acordo, o que eliminaria a necessidade de grandes reformas no calendário. A CBF estaria livre de participar dessa discussão.

 

 

A limitação do número de jogos na temporada é uma das reivindicações do Bom Senso FC, grupo criado por atletas para lutar por transformações no calendário – eles querem que os clubes façam, no máximo, 70 jogos por ano. Esse foi um dos pontos que não foi atendido pela CBF em reuniões realizadas até agora.

 

O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, não quis conversar com a reportagem, enquanto que Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians, e Carlos Falcão, vice-presidente do Vitória, não retornaram as ligações. A reportagem não conseguiu contato com Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR.

 

Vílson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba

 

“Acho ótimo isso, porque na realidade você consegue dosar. Teria que ser feito algo assim, seria uma forma de preservar os jogadores. Mas há outras saídas que podem ajudar, como a racionalização do campeonato regional. Você pode fazer o primeiro quadrimestre com um grupo alternativo”.

 

Marcelo Medeiros, diretor de futebol do Internacional

“Isso não existe. No futebol é repetição, tem que ter um time que se repete e só não repete por problemas físicos e disciplinares. Essa sugestão do vice-presidente da CBF não corresponde à realidade dos clubes brasileiros” “Quem determina o número de jogos para os clubes e para os profissionais são os órgãos responsáveis pela organização das competições e obviamente do calendário. Me parece uma ideia pouco apropriada. O que a gente está vendo como solução para uma equalização do calendário é que as competições regionais tenham menor número de datas. O ideal no Rio Grande do Sul é que trabalhasse com 15 data”

 

Fernando Schmidt, presidente do Bahia

“Penso um pouco diferente, embora não tão diferente, em relação ao Marco Polo Del Nero. Um acordo entre clubes e atletas é pouco, é necessário o envolvimento da CBF e do Governo Federal. Esse calendário nem sempre atende os interesses nem dos clubes e nem dos atletas. A CBF não pode ser expectadora desse processo”

 

Roberto Dinamite, presidente do Vasco

“Primeiro eu acho que essa discussão deve passar pelos sindicatos. Os sindicato representam os jogadores. Essa é uma discussão, no meu modo de ver, importante para chegar a entendimento, acho que fortalece a classe. Tem um grupo de jogadores que quer um calendário. Mas acho que o melhor caminho é através dos representantes legais. E os sindicatos representam os atletas. É importante ter esse diálogo e buscar entendimento em prol daquilo que é melhor para todos”

Terra

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