A Paraíba o tempo todo  |

Radiografia dos paraibanos nas Olimpíadas de Tóquio em busca de medalhas

Sonho dourado de paraibanos em Tóquio. Glórias, vitórias, derrotas, sonhos, emoções e decepções fazem parte de uma olimpíada. Cotados ao pódio olímpico em Tóquio, o paraibano Álvaro Filho e Alisson Conte do Espírito Santo, espantaram a zebra e avançaram para as oitavas de final do torneio masculino do vôlei de praia nas Olimpíadas de Tóquio. Na noite desta quinta-feira, no Shiokaze Park, eles bateram os holandeses Robert Meeuwsen e Alexander Brouwer por 2 sets a 0, e podem terminar essa fase em primeiro lugar e aumentar as chances de medalha.

Álvaro Filho e Alysson estrearam com vitória no Vôlei de Praia sobre os argentinos Julián Azaad e Nicolas Capogrosso por 2 sets a 0. Depois perderam para os americanos Lucena e Dalhausser, mas conseguiram a reabilitação nesta quinta-feira contra os holandeses.

Promessa de medalha do Brasil em Tóquio, Álvaro é um vencedor. Entre as conquistas estão ser vice-campeão Mundial (2013), medalha de prata nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, medalha de prata nos Jogos Sul-americanos de Praia Uruguai 2009. Álvaro Filho e Alisson são treinados por Leandro Brachola.

Álvaro gostava de jogar futebol na adolescência. Porém, mudou de esporte por influência do pai. A marca registrada é o chapéu de couro de cangaceiro, que costuma usar nas premiações de torneios internacionais.

A performance de Álvaro Filho, retrata como está sendo a participação dos atletas paraibanos em Tóquio. O PB Agora faz uma radiografia da participação dos paraibanos em Tóquio.

Entre os atletas que tem estimulado os paraibanos que estão brilhando ns Jogos de Tóquio, estão o goleiro Santos e o atacante Mateus Cunha. Os dois são titulares da Seleção Olímpica e tem ajudado a canarinha na busca pela segunda medalha de Ouro.

Aderbar Melo dos Santos Neto é natural de Campina Grande, tem a responsabilidade de defender o gol da seleção. Na estreia do Brasil contra a Alemanha, ele levou dois gols, mas no jogo seguinte, contra a Costa do Marfim, fez grandes e importantes defesas. Na partida contra a Arabia Saudita também fez boas defesas.

Da Roliúde Nordestina” a Tóquio. Santos cresceu e moldou a ideia de ser jogador de futebol em Cabaceiras, no Cariri paraibano. Conhecido apenas como Santos, o goleiro da Seleção Brasileira é natural de Campina Grande. Ele tem 1,88 m e pesa 79 kg. Melhor goleiro do Brasileirão 2019, Santos está repetindo o feito do antigo companheiro Weverton, que se destacou no gol do Athletico Paranaense e acabou convocado para os Jogos Olímpicos como um dos três atletas acima de 23 anos.

O sonho de Santos é o mesmo do atacante Matheus Cunha, do Hertha Berlin, da Alemanha. Aos 21 anos, o atacante da Seleção Brasileira nasceu em João Pessoa e nunca defendeu os clubes profissionais da Paraíba.

Ele esteve em campo nos três primeiros jogos da Seleção, inclusive na madrugada desta quarta-feira, contra a Arabia Saudita e fez bonito. Na vitória do Brasil 4 a 2, contra a Alemanha, o paraibano deixou a sua marca. Mesmo tendo perdido um pênalti, ele se movimentou bem. Três das chances claras estiveram nos pés do paraibano. Na partida contra a Arabia Saudita ele desencantou e marcou o seu primeiro gol nas Olimpíadas.

Matheus Cunha recebeu sua primeira chance com Tite. Com histórico nas categorias de base da Seleção, ele foi o artilheiro do Pré-Olímpico que classificou o Brasil para os jogos de Tóquio em janeiro deste ano. Foram cinco gols em sete partidas. Pelo ciclo olímpico, nos 16 jogos disputados pela Seleção Sub-23, ele balançou as redes em 14 oportunidades.

Expectativa da estreia – A paraibana de 30  Andressa Oliveira de Morais, ainda vai estrear nos Jogos Olímpicos de Tóquio, e vive a expectativa de quebrar o seu recorde.

Natural de João Pessoa, ela carrega como principais conquistas na carreira a medalha de ouro nos Jogos Sul-americanos de Cochabamba 2018 e tricampeã sul-americana (2011, 2017 e 2019). Ela vai competir em Tóquio na prova de lançamento do disco.

A paraibana chegou para sua terceira olimpíada, após superar uma grave lesão. Em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio, ela terminou a fase de qualificação da prova de lançamento de disco em 21º lugar, não conseguindo se classificar para a final olímpica.

Nesta sexta-feira (30), às 21h30 (horário de Brasília), no Estádio Nacional do Japão, Andressa vai às pistas para buscar uma vaga na final da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, e, como não poderia ser diferente, levando consigo a torcida de todo um estado que se sentirá mais uma vez representado do outro lado do mundo.

Outra paraibana em Tóquio é Jucilene Sales de Lima. Natural da cidade de Taperoá, ela disputa a prova de lançamento de dardo. As principais conquistas na carreira foram medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Toronto 2015, além da prata nos Jogos Sul-americanos de Santiago 2014. Ele ainda foi vice-campeã sul-americana (2009).

Jucilene tem 1,74 m e pesa 74 kg. Em 2021, voltou a lançar mais de 61 metros após seis anos. Ela vai estrear no dia 2 de agosto às 21h20 nas provas de lançamento de dardo feminino, na fase de qualificação.

A decepção. Não só de vitórias e medalhas vive um atleta olímpico. Que diga o paraibano Edival Pontes Marques que chegou como esperança de medalha do Brasil no taekwondo dos Jogos Olímpicos, em Tóquio. A participação, no entanto, não foi como ele e a torcida brasileira esperavam.

Netinho Marques, como é mais conhecido, se despediu dos Jogos tendo lutado apenas uma vez e perdido por 25 a 18 para o turco Hakan Recber, nas oitavas de final da categoria até 68kg. Ainda em solo japonês.

Netinho avaliou a sua participação no maior evento esportivo do mundo, lamentou a derrota, agradeceu aos torcedores pelo apoio e lembrou a força que sempre recebeu do seu maior incentivador.

Ainda antes de embarcar para Tóquio, Netinho chegou a afirmar que, em sua primeira participação em Jogos Olímpicos, uma das principais motivações que tinha em busca de uma medalha era a intenção de homenagear seu pai, que sempre o incentivou na carreira.

Mesmo o sonho de subir ao pódio tendo sido adiado Netinho não desanimou. O atleta entende que um sonho seu e de seu pai foi realizado: participar de uma Olimpíada.

O sonho de Luana Wanderley Moreira Lira é saltar. Ela está prestes a realizar o maior feito de sua vida. Representante da Paraíba em Tóquio,a paraibana Luana Lira disputa as provas de saltos ornamentais no trampolim de 3 m feminino, dia 30, às 3h.

Luana é natural de João Pessoa e entre as principais conquistas na carreira está ser a campeã sul-americana de 2021. Ela vai disputar a prova de trampolim 3 m nos Saltos Ornamentais. A atleta tem 1,58 m de altura e pesa 53 kg, pertence ao Instituto Pro Brasil (DF), sendo treinada por Oscar Ramírez.

Antes de se tornar uma atleta de ponta, Luana Lira sonhava em ser ginasta, mas o clube em João Pessoa não oferecia treinos da modalidade. Foi então que um professor a convidou para os saltos ornamentais. Desde 2014, a atleta treina em Brasília.

Superar limites. Quebrar o próprio recorde. Buscar um lugar no pódio e na história. Nas quadras, no campo, na areia, e no ginásio, os paraibanos seguem firmes em busca das medalhas. Seja de ouro, prata ou bronze, os atletas paraibanos já realizaram o maior sonho de um atleta, que é representar o seu país, e sua terra natal na maior competição do planeta.

Severino Lopes

PB Agora

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe