Durante sete anos o paraibano Renatão abraçou as cores branco e vermelho da bandeira da Geórgia. Pelo país, ele disputou as Olimpíadas de Pequim-2008 e alcançou uma honrosa semifinal. Perdeu a medalha de bronze na disputa contra os amigos Ricardo e Emanuel, curiosamente parceiros de treino em João Pessoa.
O ápice da carreira de Renatão foi também um divisor de águas na parceria com o também paraibano Jorge. Depois de Pequim, os bons resultados foram ficando escassos. A campanha irregular no Circuito Mundial custou a vaga nos Jogos de Londres. E, pior, o fim do contrato com o Governo da Geórgia.
– Eles nos comunicaram a intenção de não renovar o contrato. Por isso, tivemos que repensar os planos daqui para frente – revelou Renatão.
A dupla resolveu começar do zero. Jorge acertou uma parceria com o capixaba Billy para as três últimas etapas do Circuito Brasileiro – João Pessoa, Maceió e Brasília. Renatão, por sua vez, pretendia dar um tempo para tratar de uma contusão no joelho direito. No entanto, aceitou o convite de Gilmário para disputar a etapa paraibana.
– Já tinha decidido dar um tempo no vôlei de praia. Precisa me recuperar fisicamente e dar um descanso à mente. Mas como o Gilmário ficou sem parceiro, não pude recusar o convite de jogar em casa – explicou o paraibano.
O fim do contrato com a Geórgia abriu caminho para Renatão realizar um outro sonho no vôlei de praia: representar o Brasil. Mas, para isso, terá que passar por um período de "quarentena". Isso porque as regras da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) exige dois anos sem disputar o Circuito Mundial para estar apto a defender outro país.
G1