Uma longa reunião que começou na noite de sábado e terminou na madrugada deste domingo selou o retorno de Renato Gaúcho ao Fluminense. O encontro aconteceu na casa do presidente da Unimed, Celso Barros, e contou com a presença do presidente tricolor, Peter Siemsen, que inicialmente preferia Ney Franco para o cargo, mas, diante da pressão de Barros no sentido de não querer investir em outros nomes, o dirigente novamente cedeu, como já acontecera na contratação de Vanderlei Luxemburgo.
O novo treinador deve trazer o auxiliar Alexandre Mendes e o preparador de goleiros Victor Hugo, que já trabalhou no clube e preparou atletas como Fernando Henrique. E não perdeu tempo: segundo uma pessoa ligada ao patrocinador, já indicou dois nomes para Barros, um meia e um atacante.
Renato chegou à casa de Celso Barros para acertar detalhes perto da meia-noite, quando a conversa entre ele, Siemsen e o procurador já se desenrolava por algumas horas. Barros já sabia o que desejava o treinador desde quinta-feira, quando os dois também se encontraram e deixaram o acerto encaminhado, dependendo, então, de dobrar Siemsen a concordar com seu nome.
O Fluminense gastava, com Luxemburgo, cerca de R$ 300 mil mensais, e o restante ficava a cargo da Unimed. O mesmo deve acontecer agora, com Renato Gaúcho, que pediu cerca de R$ 550 mil para voltar às Laranjeiras, valor que impossibilitou sua permanência no Grêmio, que fechou com Enderson Moreira – outro que chegou a ser cotado como possibilidade no Tricolor carioca. Se insistisse com Ney Franco, Siemsen teria de gastar cerca de R$ 450 mil mensais do dinheiro do clube, aproximadamente 50% a mais do que a despesa recente com comissão técnica. Existe a possibilidade de a Unimed bancar uma fatia maior do salário de Renato.
Em meio à queda de braço que se desenrolou entre Siemsen e Barros, o novo diretor executivo do futebol, Felipe Ximenes, não participou das tratativas. Ele não esteve na reunião e foi contratado por Siemsen para substituir Rodrigo Caetano, que tinha o respaldo de Barros.
Esta será a quinta passagem de Renato pelo Flu como treinador. A primeira se deu em 2002, a segunda em 2003, a terceira em 2007, e a quarta em 2009. Vale destacar também que em 1996, quando ainda era jogador tricolor, foi técnico interino em duas partidas. Em 2007, Renato levou o Fluminense à inédita conquista da Copa do Brasil e no ano seguinte alçou o clube à condição de finalista da Copa Libertadores.
G1
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