Se nenhum imprevisto ocorrer nas negociações dos próximos dias, Rogério Ceni será o próximo técnico do São Paulo. Ele é o nome favorito da diretoria para substituir Ricardo Gomes. Ídolo da torcida, o ex-goleiro se aposentou em dezembro do ano passado, com uma festa no Morumbi, e passou boa parte de 2016 entre cursos e estágios para assumir o comando da equipe.
Nos últimos meses, depois da saída de Edgardo Bauza para a seleção argentina (em agosto), cresceu muito a abordagem com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva daqueles que eram favoráveis à contratação de Ceni. Em meio a dúvidas gerais se ele já estaria preparado para um desafio desse porte, havia dirigentes que preferiam esperar mais um ano, outros que tinham dúvidas e alguns muito favoráveis, em campanha aberta por seu nome.
Há cerca de três meses, Ceni e Leco conversaram sobre ideias do ex-goleiro para o São Paulo. O presidente ficou bem impressionado com o nível de conhecimento de Rogério, que, nos últimos tempos, ingressou no curso de técnico da Federação Inglesa de Futebol (FA) e fez visitas a treinadores, a maior delas, um estágio de uma semana com Jorge Sampaoli, campeão da Copa América de 2015 pela seleção chilena, e atualmente no Sevilla.
A diretoria do São Paulo tem a ideia de contratar o novo técnico rapidamente, para encaminhar com mais solidez o planejamento de 2017: reforços, dispensas e montagem de uma comissão técnica. O que falta para oficializar Rogério Ceni? Ajustes: encontrar um ponto comum em todos esses aspectos. Jogadores que ambos desejam, pessoas que fariam parte dos planos, etc.
Apesar do receio, óbvio, de colocar Rogério Ceni no foco tão pouco tempo depois de sua aposentadoria como jogador, inclusive com atletas que foram seus companheiros no atual grupo, a diretoria está disposta a assumir o risco, tanto por razões técnicas quanto políticas. A eleição presidencial está marcada para abril, e Leco será candidato a permanecer até 2020.
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