O clássico alvinegro da Vila Belmiro acabou com a vitória por 1 a 0 do Santos em cima do Corinthians em duelo válido pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com a derrota, o time de Tite chega ao quinto clássico seguido sem vitória, enquanto o alvinegro praiano acaba com o jejum de seis jogos seguidos sem vitória e deixa a zona de rebaixamento.
No primeiro tempo, Ricardo Oliveira mostrou que mesmo aos 34 anos segue como seu faro de artilheiro em dia. Na única oportunidade que teve no jogo, aproveitou o vacilo de Edu Dracena e marcou um belo gol, quase sem ângulo, de perna esquerda.
Na segunda etapa, o Corinthians pressionou, acerou duas bolas na trave, mas não conseguiu balançar as redes de Vladimir. O confronto também foi marcado pelas expulsões de Rafael Longuine e Fagner no segundo tempo, que deixaram o clássico aberto até os últimos minutos.
Com a vitória, o Peixe volta a vencer após seis partidas de jejum e chega aos 10 pontos no Campeonato Brasileiro, deixando a zona de rebaixamento para trás. Já o Timão continua com 13 pontos, agora fora do G-4.
Na sequência do Brasileirão, o Peixe visita o Internacional, às 18h30, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. O Corinthians, por outro lado, recebe o Figueirense em sua Arena, em Itaquera, sábado, às 21 horas.
Oliveira matador
A partida na Vila Belmiro começou com um leve atraso por causa de Cássio, que foi obrigado a trocar de uniforme já em cima da hora. Depois do apito do árbitro, os jogadores do Santos cumpriram com obediência a ordem do técnico Marcelo Fernandes de partir para cima do Corinthians desde o começo.
Mesmo sem criar uma chance clara de gol, o Peixe dominava as ações e mantinha a bola em seus pés. E assim, aos poucos, o alvinegro praiano foi pressionando até que Rafael Longuine achou Ricardo Oliveira na área, acertou um lindo lançamento e viu o camisa 9, mesmo com pouco ângulo, bater forte, cruzado, de esquerda, para abrir o placar no clássico. Edu Dracena vacilou no lance e Cássio foi pego de surpresa, com a bola passando em baixo de seu corpo.
O Santos cresceu com o gol. No embalo da torcida, que não compareceu em bom número neste sábado, a equipe da casa seguiu martelando em busca do segundo gol. O Corinthians assustava apenas em jogadas de contra-ataque. Em uma delas, Mendoza recebeu cruzamento oriunda da direita na área e desperdiçou uma grande chance. Na sequência, Marquinhos Gabriel respondeu com um chute rasante e que raspou a trave esquerda de Cassio.
Aos 20, foi a vez de Geuvânio aproveitar a linha mal feita pelos zagueiros corintianos e sair na cara do gol. O camisa 11 não perdoou, mas o árbitro anulou o gol alegando impedimento do Caveirinha em um lance bastante duvidoso.
Dois minutos depois, o Timão se lançou ao ataque. Renato Augusto deu um lindo drible em Daniel Guedes e mandou a bola na área. Depois de muito bate rebate, David Braz afastou o perigo. O jogo ficou aberto, lá e cá, com emoção e contra-ataques em sequência.
Aos 32, o Timão chegou tocando pelo meio. Petros serviu Fagner, que bateu cruzado e Vagner Love não empatou por muito pouco, ao chegar de carrinho. Porém, o camisa 9 não alcançou a bola.
O Corinthians buscou o gol de empate ainda no primeiro tempo, mas, desorganizado, com as linhas muito espaçadas e com muitos erros individuais, principalmente com Mendoza, o time da Capital não conseguiu criar mais nenhuma chance de gol.
Por outro lado, o Peixe ficou apenas apostando na velocidade de seus atacantes, que vez ou outra até conseguiam alguma jogada de efeito, porém, sem efetividade. Desta forma, a etapa inicial acabou com a vitória merecida dos santistas por 1 a 0.
Trave e expulsões
O segundo tempo começou diferente. Desta vez o Corinthians, atrás do placar, tomou a iniciativa de partir para cima. O Santos, acuado, passou a abusar dos lançamentos. Aos 7 minutos, em um destes contra-ataques, Gabriel até chegou a marcar seu gol, mas novamente o atleta santista estava impedido e o gol foi bem anulado.
Aos 13, Jadson cobrou falta na área e Renato Augusto só não empatou porque Ricardo Oliveira, ajudando na zaga, deu um chutão salvador para escanteio.
Tite, então, resolveu colocar o time definitivamente no ataque. Sacou Petros e colocou Luciano no jogo. Em seguida, Serginho Chulapa, que trocou Gabriel por Neto Berola, apostando na velocidade do ex-atleticano para definir o jogo.
A partida perdeu velocidade e passou a ser mais estudada. As duas equipes tocavam muito a bola no setor e meio campo, mas sem conseguir assustar os goleiros Cassio e Vladimir.
Aos 25, o clássico foi apimentado por causa de um lance bobo, na lateral direita. Rafael Longuine parou Luciano com falta e, como já tinha cartão, recebeu o segundo amarelo e foi expulso do jogo. Na cobrança de falta, o próprio Luciano cabeceou para defesa de Vladimir.
Os treinadores resolveram mexer nas equipes de novo. Danilo entrou no lugar de Edu Dracena e Thiago Maia substituiu Marquinhos Gabriel. Porém, a vantagem numérica corintiana durou apenas três minutos, pois Fagner parou Neto Berola com falta e também recebeu o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho. Para recompor a lateral direita, Edilson entrou no lugar de Mendoza.
Aos 36 minutos, o Corinthians teve a grande chance de marcar seu gol. Renato Augusto recebeu bola alçada na área e, sozinho, cabeceou na trave. No rebote, Luciano foi travado por David Braz e a bola ficou limpa para Renato Augusto de novo, que bateu de primeira, mas para fora. Inacreditável a oportunidade desperdiçada pelo camisa 8.
Cinco minutos depois, O Corinthians seguiu na pressão e, na sobra do escanteio batido por Jadson, Edilson arrematou de primeira e de novo a trave salvou o Santos.
O sufoco foi até o fim, mas não teve jeito. O Santos acabou com a vitória por 1 a 0 e voltou a vencer no Campeonato Brasileiro.
Gazeta Press