O São Paulo está nas quartas de final da Copa Libertadores. Nesta terça-feira, visitando o Racing, em Avellaneda, o time comandado por Hernán Crespo não tomou conhecimento do adversário, saindo de campo com a vitória maiúscula por 3 a 1. Os gols da partida foram marcados por Rigoni (2) e Marquinhos, que brilhou em sua estreia como titular. Correa descontou para os donos da casa.
Apostando em um atacante de apenas 18 anos, que jamais havia iniciado uma partida no time profissional, o técnico Hernán Crespo viu sua ousadia dar certo. Marquinhos balançou as redes, deu assistência para Rigoni e ajudou o São Paulo a agredir o Racing em diversos momentos ao longo do confronto, dominado pelos visitantes.
Agora, o São Paulo aguarda o vencedor do duelo entre Palmeiras e Universidad Católica para descobrir quem será seu adversário na próxima fase da competição. A última vez que o Tricolor chegou às quartas de final da Libertadores foi há cinco anos, e a expectativa é de que haja uma reedição da final do Paulista, já que o Verdão venceu o jogo de ida, no Chile, por 1 a 0.
O São Paulo foi superior ao Racing no primeiro tempo. Logo aos seis minutos, o estreante como titular, Marquinhos, teve uma ótima oportunidade de abrir o placar, recebendo bom passe em profundidade, mas, ao invés de tocar para Rigoni, que aparecia livre ao seu lado, segurou a bola e acabou desarmado bem na hora do chute.
Três minutos depois, o Tricolor teve uma chance ainda mais clara de balançar as redes. Gabriel Sara recebeu pela direita, dominou, levou para o meio e bateu cruzado, buscando o cantinho do goleiro Arias, mandando rente à trave.
O São Paulo não deixava o Racing criar e seguia ameaçando os donos da casa, desta vez através da bola parada. Em cobrança de escanteio de Rigoni, Marquinhos apareceu no primeiro pau para cabecear, e a bola passou a centímetros da trave oposta. Miranda ainda tentou chegar para completar para o gol, mas não chegou a tempo.
O Racing só foi responder depois dos 20 minutos. Em cobrança de falta de Chancalay, Copetti tentou desviar de peito, na pequena área, mas não conseguiu completar para o fundo das redes, apenas resvalando na bola. Mais tarde foi a vez de Miranda dar um carrinho providencial para interceptar a finalização de Moreno após Igor Vinícius largar a marcação por acreditar que o rival estava impedido.
Mas, pela superioridade no primeiro tempo, o São Paulo acabou premiado pouco antes de ir para o intervalo. Aos 43 minutos, Miranda fez o desarme, vencendo mais uma disputa de bola com os atacantes do Racing, e deu um lindo lançamento para Marquinhos, deixando-o na cara do gol. O jovem atacante finalizou, carimbando a trave, e, no rebote, Rigoni bateu de primeira para, enfim, abrir o placar em Avellaneda.
Segundo tempo
O São Paulo aproveitou a superioridade no jogo para matar a partida logo no início do segundo tempo. Aos dois minutos, Marquinhos recebeu ótimo passe de Benítez, saiu cara a cara com Arias e tocou na saída do goleiro para fazer 2 a 0.
Pouco depois, aos 11, foi a vez da aposta de Hernán Crespo servir Rigoni em nova jogada em que saiu de cara para o gol. O atacante argentino, no entanto, fez diferente de Vitor Bueno no jogo de ida e não desperdiçou a imperdível chance para balançar as redes, ampliando para 3 a 0 e sacramentando a classificação tricolor na Argentina.
Tendo de fazer nada mais, nada menos que quatro gols para avançar na Libertadores, o Racing foi persistente para, ao menos, se despedir da Libertadores com honra. Aos 17 minutos, Correa, que foi acionado no segundo tempo, recebeu na entrada da área e bateu de primeira, no cantinho, sem chances para Volpi, descontando para os donos da casa.
Embalado, o Racing, por pouco, não marcou o segundo gol logo em seguida, o que traria contornos dramáticos para o São Paulo. E foi justamente com Correa. O atacante apareceu para cabecear no primeiro pau e forçou grande defesa de Tiago Volpi.
Mas, nos minutos finais, o São Paulo conseguiu segurar o ímpeto do Racing para garantir sua segunda vitória em solo argentino na história da Libertadores e, por consequência, a tão sonhada classificação para as quartas de final do torneio após cinco anos.
Atlético MG
Foi sofrido, mas o Atlético-MG garantiu a classificação às quartas de final da Libertadores. Nesta terça-feira, a equipe do técnico Cuca venceu o Boca Juniors por 3 a 1 na disputa de pênaltis, após empate por 0 a 0 no tempo normal, no Mineirão e avançou no torneio continental. O jogo de ida das oitavas, disputado na Argentina, também terminou empatado sem gols.
Com a bola rolando, o Galo encontrou dificuldade para superar o time argentino e criou poucas boas chances. A melhor delas foi com Zaracho, que ficou na cara do gol logo no início da partida, mas finalizou em cima do goleiro Rossi. Já o Boca chegou a balançar as redes atleticanas no segundo tempo, após falha de Everson, mas o tento foi anulado por impedimento.
Nos pênaltis, o goleiro Everson brilhou. O arqueiro defendeu as cobranças de Villa e Rolón, contou com uma isolada de Izquierdóz e ainda converteu a última cobrança para garantir a classificação do Atlético-MG.
Agora, o Galo aguarda o vencedor do duelo entre Argentino Juniors e River Plate para saber quem enfrentará nas quartas de final da Libertadores. O jogo de ida entre os times argentinos terminou em 1 a 1.
O Atlético-MG volta a campo no domingo para enfrentar o Bahia, às 11 horas (de Brasília), no Mineirão, pela 13ª rodada do Brasileirão. Já o Boca Juniors visita o Banfield no sábado, às 20h15, pelo Campeonato Argentino.
A grande oportunidade do primeiro tempo foi do Atlético-MG. Logo aos três minutos, Tchê Tchê fez grande enfiada de bola para Zaracho, que invadiu a área e ficou na cara do gol, mas finalizou em cima do goleiro Rossi.
Aos poucos, o Boca Juniors foi ganhando confiança e diminuindo a pressão do Galo, que encontrou dificuldade para chegar ao ataque com perigo. A equipe argentina chegou pela primeira vez com Pavón, que arriscou de fora da área, mas sem qualquer direção.
Pouco depois, nova chegada perigosa em jogada de Briasco, que driblou Mariano e bateu cruzado, exigindo defesa da Everson. O lance, no entanto, foi paralisado por impedimento. O Galo respondeu com Savarino, que recebeu lançamento na área e chutou para fora, em jogada também impedida.
Nos minutos finais da primeira etapa, o Boca teve sua melhor chance. Após tabela pelo meio, Sebastián Villa finalizou forte de fora da área, mas Everson espalmou para linha de fundo.
O clima esquentou no segundo tempo, com jogadores e membros da comissão técnica dos dois times batendo-boca. Um gol anulado do Boca Juniors só aumentou as discussões. Aos 17 minutos, Everson falhou após levantamento na área do Atlético em cobrança de falta, e bola sobrou para Weigandt, que finalizou de primeira e estufou as redes. Após muita confusão e demora no VAR, o árbitro desvalidou o tento argentino por impedimento de González, que trombou com Everson na início do lance.
O susto do gol anulado foi suficiente para acordar a equipe de Cuca, que voltou a chegar ao ataque com qualidade. Após bom passe de Eduardo Sasha, Savarino invadiu a área e chutou cruzado, tirando tinta da trave direita de Rossi.
O Boca voltou a levar perigo com Pavón. Primeiro, o atacante cobrou falta e exigiu defesa de Everson. Na sequência, o argentino aproveitou erro na saída de bola do Galo e finalizou forte de pé direito, raspando a trave direita dos mandantes.
Nos acréscimos, o Atlético pressionou em busca da vitória no tempo normal, mas em vão. A melhor oportunidade foi com Dylan Borrero, que tentou surpreender ao chutar sem ângulo, mas parou em boa intervenção do goleiro Rossi. Com o placar inalterado, o confronto foi para a disputa de pênaltis.
Nas penalidades máximas, o goleiro Everson brilhou. O arqueiro defendeu as cobranças de Villa e Rolón, contou com uma isolada de Izquierdóz e ainda converteu a última cobrança para garantir a classificação do Atlético-MG. Hulk, na trave, e Hyoran, para fora, desperdiçaram pelo lado do Galo.
Gazeta esportiva