Deixaram o Brasil chegar. Jogando com enorme concentração, a seleção brasileira feminina bateu a Rússia por 3 sets a 0, com parciais de 25/12, 25/21 e 25/20, em 1h20min, na madrugada deste sábado (tarde no horário japonês), em Tóquio, e conquistou a sua terceira vitória seguida na fase final da competição, chegando ao dez pontos. Agora, por enquanto basta um triunfo por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 sobre o Japão, neste domingo, às 7h (de Brasília), para que as atuais bicampeãs olímpicas conquistem o seu décimo título da competição anual entre nações.
A tarefa pode ficar mais tranquila caso as japonesas sejam derrotadas pela frágil Bélgica, em duelo ainda neste sábado. O título brasileiro pareceu ameaçado após um tropeço diante da Turquia na estreia nesta fase, porém, desde então, as comandadas do técnico José Roberto Guimarães conseguiram fazer grandes partidas e contaram com derrotas das adversárias para chegar ao último dia dependendo apenas de si para levantar mais um caneco.
Vencer a Rússia sempre tem um gosto especial para o Brasil. Ainda mais pela segunda vez em duas semanas – o outro triunfo aconteceu na fase de classificação do Grand Prix, em São Paulo. As europeias são históricas algozes do vôlei feminino brasileiro. Elas levaram a melhor na semifinal das Olimpíadas de Atenas 2004, quando o selecionado brasileiro liderava por 24 a 19 para fechar o jogo e levou a virada, e nas finais dos dois últimos Mundiais, em 2006 e 2010. A história está mudando e as brasileiras estão sedentas para bater as russas mais uma vez, agora no Mundial da Itália, entre 23 de setembro e 12 de outubro.
– Essa vitória sobre a Rússia é muito importante. Vamos ter um grande jogo contra o Japão e, se Deus quiser, nós vamos conseguir ter mais uma boa atuação para sermos campeãs do Grand Prix pela décima vez – disse a capitã Fabiana.
Assim como tem acontecido nas partidas brasileiras neste Grand Prix, todas as atacantes da equipe nacional foram bastante acionadas e contribuíram de forma importante para o triunfo do time. A maior pontuadora foi a central Fabiana, com 17 pontos. Destaque também para a outra central da seleção, Thaisa, que fez 12 pontos (sendo seis de bloqueio) e acabou sendo eleita a melhor jogadora em quadra. As outras principais atacantes foram a ponteira Sheilla e a oposta Fernanda Garay, ambas com 11 pontos assinalados no incontestável triunfo sobre a Rússia.
O jogo
O Brasil saiu atrás do placar, após um bloqueio da oposta Kosheleva. Mas logo Sheilla atacou bem para empatar e dar o sinal para que Thaisa demonstrasse que um saque bem encaixado faria a diferença na partida. A central, que vive ótima fase neste fundamento, quebrou o passe russo e ajudou a seleção brasileira a fazer cinco pontos consecutivos. Concentradas, as brasileiras jogavam com seriedade e dificultavam a vida adversária. Sempre espertas, as russas passaram a jogar bolas mais altas e levaram vantagem em determinados lances, não deixando o Brasil abrir muita vantagem no placar. Porém, as bicampeãs olímpicas voltaram a sacar muito bem, com destaque desta vez para saques rasantes de Fabiana, e abriram sete importantes pontos (16/9), gerando um tempo técnico.
Após a breve parada, as meninas douradas voltaram arrasadoras. Demonstrando uma combinação perfeita entre recepção, levantamento, bloqueio e ataque, as brasileiras deram show e fecharam o primeiro set em 25/12, após 21 minutos de partida na capital japonesa.
A Rússia voltou mais vibrante no segundo set e equilibrou as ações, principalmente por conta das bolas altas, principalmente com Goncharova e Kosheleva, que dificultavam o bloqueio brasileiro. O jeito era novamente sacar bem para dificultar o passe russo. E a técnica foi dando certo. A seleção brasileira começou aos poucos a se distanciar no placar. Como aconteceu em diversas partidas neste Grand Prix, as centrais Thaisa e Fabiana jogavam em alto nível e faziam a diferença para o Brasil. Era a primeira quem comandava o marcador, bloqueando muito bem e não desperdiçando ataques no meio de rede. Graças a bons saques de Sheilla, a seleção abriu sete pontos (15/8) e demonstrou que dificilmente não abriria 2 sets a 0, mesmo que a Rússia vivesse bons momentos e ameaçasse encostar no placar. Elas chegaram a assustar as brasileiras ao diminuir a vantagem para 19/16.
Era hora de as comandadas de Zé Roberto terem tranquilidade e encaixarem o saque para não dar sopa para o azar. Tentando confundir as russas, o técnico promoveu a entrada da oposta Tandara e da levantadora Fabíola nos lugares de Sheilla e Dani Lins. E foi com uma jogada da dupla que o Brasil fechou o segundo set. A forte Tandara cravou boa bola e a equipe nacional levou a parcial por 25/21.
O terceiro set manteve a mesma tônica. A Rússia bem que tentava dominar as ações, mas brecava nos bloqueios de Thaisa e nos ataque de Fabiana e Sheilla, sem contar as defesas precisas da líbero Camila Brait. A cada ponto conquistado, as meninas do Brasil vibravam muito, demonstrando o quanto é bom ganhar da Rússia. Sacando bem em mais um set, as brasileira dificultavam a recepção das oponentes e iam abrindo vantagem em momentos importantes. Mesmo assim, as russas não esmoreciam e ainda acreditavam que era possível virar o jogo. Esse sentimento ficou mais evidenciado quando elas diminuíram a vantagem para 15/13.
Foi necessário pedir um tempo técnico para acalmar os ânimos. E a parada caiu muito bem. Apesar de ter a adversária o tempo inteiro na cola, a seleção brasileira teve tranquilidade para fazer ponto atrás de ponto, sabendo explorar o bloqueio e não se intimidando com a catimba russa, que reclamava de quase todas as marcações. Mas a vitória das bicampeãs olímpicas era questão de tempo. E coube a Fernanda Garay fazer o ponto decisivo, fazendo o Brasil fechar em 25/20 o terceiro set e o jogo em 3 sets a 0, mostrando que está doido para conquistar o décimo título do Grand Prix.
Na partida que abriu a rodada deste sábado, em um duelo muito disputado, a China venceu a Turquia por 3 sets a 2 (25/22, 18/25, 22/25, 25/23 e 21/19). Apesar do revés, o grande destaque individual foi a ponteira turca Ozsoy Neriman, que marcou 36 pontos. Pelo lado chinês, quem mais pontuou foi a ponteira Liu Xiaotong, com 26 pontos. As chinesas ultrapassaram as turcas na classificação e ocupam a quarta colocação, com cinco pontos, um a mais do que as europeias.
Globoesporte
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