O sonho da volta à Taça Libertadores segue vivo para o São Paulo. O time do Morumbi não foi brilhante, mas guerreiro, nesta quarta-feira, contra o Nacional de Medellín, na Colômbia, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. Segurou o 0 a 0 e garantiu vaga na semifinal – havia vencido o jogo de ida, quarta passada, no Morumbi, por 3 a 2. Com o resultado, o São Paulo completa dez jogos de invencibilidade, com oito vitórias e dois empates.
Atual campeão do torneio, o Tricolor aguarda para saber quem será o seu adversário na próxima fase. A princípio, o time enfrenta o vencedor de Libertad, do Paraguai, e Itagüí, da Colômbia, que jogam nesta quinta. Os paraguaios venceram a ida por 2 a 0. No entanto, caso passe pelo Velez Sarsfield, também nesta quinta, na Argentina, a Ponte Preta será a adversária tricolor. Isso porque a Conmebol altera o chaveamento para evitar uma final entre equipes do mesmo país. Em Campinas, a Macaca ficou no 0 a 0 com os argentinos.
O campeão da Sul-Americana tem vaga garantida na Taça Libertadores.
Tricolor seguro
O São Paulo viajou para a Colômbia com o regulamento na bagagem. Jogando pelo empate, a equipe tricolor não fez a menor questão de criar jogadas e apertar o Nacional. Pelo contrário. Passou toda a primeira etapa no campo de defesa, esperando o time colombiano. Isso não significa que o Tricolor tenha sido sufocado ou corrido muitos riscos. Foi uma atuação até cerro ponto segura.
O Nacional só chegou perto do gol por culpa dos próprios são-paulinos. Rodrigo Caio e Reinaldo quase marcaram contra quando tentaram cortar cruzamentos. Rodrigo também errou uma saída de bola, jogou na fogueira para Paulo Miranda. Sorte do Tricolor que o time da casa não soube aproveitar. Apesar de ter bola e campo para jogar, os colombianos não conseguiam furar o bloqueio tricolor.
Rogério Ceni fez apenas uma defesa difícil, num chute de Cárdenas, jogador mais perigoso do Medellín. Do meio para frente, o Tricolor praticamente não funcionou. Não houve criatividade. Jadson errou passes, Aloísio corria de um lado para o outro de forma descoordenada e Luis Fabiano, isolado, quase não pegou na bola.
Tudo igual, e vaga são-paulina
O apito inicial do segundo tempo fez o Nacional acordar. O empate não servia aos colombianos, o time resolveu partir para cima. Em quatro minutos, três chutes a gol, dois de Medina, que obrigou Rogério Ceni a trabalhar. O goleiro defendeu ambos com dificuldades.
A blitz colombiana durou pouco. Logo, o São Paulo acertou a marcação, e o jogo voltou ao ritmo do primeiro tempo: o Nacional com a bola, girando de um lado para o outro, e o São Paulo atento, marcando bem e impedindo que o adversário entrasse em sua área. O ritmo colombiano era tão lento que parecia que eles é que jogavam pelo empate. Chances de gol só nos chutes de Medina, que voltou a ameaçar aos 34.
Ao São Paulo, faltou alguém com bom passe no meio de campo. O técnico Muricy Ramalho trocou Jadson por Wellington, reforçando a marcação à frente da zaga, e Luis Fabiano, em noite apagada, por Ademílson. Sem nenhum meia para armar jogadas, o Tricolor isolou seus atacantes. Com o Nacional adiantado em busca do gol, havia espaços à disposição para Aloísio e Ademilson. Mas a bola não chegou. Ao fim, o gol não foi necessário, e o São Paulo é semifinalista.
GE