Técnico da seleção portuguesa lamenta a morte de Saramago

A delegação de Portugal que disputa a Copa do Mundo na África do Sul recebeu a notícia da morte do escritor José Saramago logo após um treinamento na cidade de Magaliesburg, na manhã desta sexta-feira.

O técnico Carlos Queiroz falou sobre a perda do ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 1998. Para ele, o português deixará muito aprendizado para as futuras gerações.

– Saramago era uma referência da língua portuguesa e vai deixar um legado muito grande. Mesmo com uma idade avançada (87 anos) ele não deixava de produzir – disse Queiroz.

Saramago faleceu em sua casa, na cidade de Lanzarote, no arquipélago espanhol das Ilhas Canárias. Segundo a sua mulher, Pilar del Río, o escritor passou mal após tomar o café da manhã. Lutando contra uma leucemia, ele precisou ser hospitalizado algumas vezes nos últimos tempos. Nesta sexta, não resistiu ao mal-estar e, apesar do auxílio médico que recebeu, morreu.

José Saramago escreveu grandes obras, como “O evangelho segundo Jesus Cristo” e “Ensaio sobre a cegueira”, este último acabou adaptado para o cinema pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles.

– Ele sempre foi muito controverso, fazendo as pessoas pensarem e discutirem sobre temas polêmicos – completou Carlos Queiroz.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, também se manifestou sobre a morte de José Saramago. O dirigente envia as condolências à família e aos amigos do escritor.

– É o desaparecimento de um nome que engrandecia o nosso país e que levou o nome de Portugal para o Mundo. Era uma referência cultural conhecida além das nossas fronteiras – afirmou Madaíl.

A Federação não confirmou se o time usará algum sinal de luto em homenagem à morte de Saramago na partida de segunda-feira, contra a Coreia do Norte, na Cidade do Cabo.

G1