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Técnicos encaram pressão por cargo no Brasileiro

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A rodada deste final de semana do Campeonato Brasileiro, a 12ª da competição, reservará para domingo (1º) emoções de sobra para torcedores de oito dos 20 participantes da elite nacional, pois colocará frente a frente tradição, rivalidade e tensão em quatro duelos “caseiros”.

Adilson, Roth e PC Gusmão também são personagens do fim de semana

Mais do que uma simples vitória sobre um arquirrival, sempre boa para embalar a equipe e ganhar moral, os técnicos de cinco das oito equipes envolvidas nos clássicos estarão colocando em jogo a tranquilidade para dar sequência ao trabalho ou até mesmo a própria permanência no cargo.

Nesse segundo caso encaixam-se Rogério Lourenço, do Flamengo, e Silas, do Grêmio. O treinador do rubro-negro carioca, adversário do Vasco às 18h30 (de Brasília), no Maracanã, não venceu somente os dois últimos compromissos na competição, mas tem seu trabalho contestado e já vê até Diego Armando Maradona, ex-técnico da seleção argentina, ser ventilado como candidato ao seu posto.

Apesar de ameaçado, Lourenço garante estar tranquilo no cargo e confia na conquista de um bom resultado contra o único treinador ainda invicto na Série A, PC Gusmão (não perdeu pelo Ceará e pelo Vasco).

– Só temos a evoluir no campeonato. Vamos acertar o que for preciso para vencer o Vasco no domingo.

No Rio Grande do Sul, Silas, que em 2009 fez campanha brilhante à frente do Avaí e também teve início promissor no Olímpico, tem sua queda dada como praticamente certa caso o Grêmio tropece contra o Internacional, da sensação Celso Roth (acumula cinco vitórias desde que substituiu Jorge Fossati), no Beira-Rio, às 16 horas.

Sem vencer nos últimos cinco jogos, o Tricolor gaúcho está na zona de rebaixamento, em 18º lugar, e com os ânimos acirrados dentro do próprio elenco, com direito a uma forte discussão entre o atacante Jonas e o zagueiro Rodrigo após empate contra o Cruzeiro, na última rodada. Para o técnico Silas, que ouviu a torcida lhe dar um irônico “adeus” diante dos mineiros, não há o que temer.

– Não sou homem de abandonar o barco e não temo nada. Ser demitido não é vergonha. Vergonha é não trabalhar. Estou tão triste quanto os torcedores e, se a diretoria achar que tenho que sair, farei isso como cheguei: pela porta da frente.

Um clássico, dois destinos – O duelo entre Atlético-MG e Cruzeiro marcado para as 18h30 na Boca do Jacaré não deverá causar a queda imediata do treinador que perder o jogo, mas certamente aumentará a pressão sobre Vanderlei Luxemburgo, comandante do Galo, ou Cuca, que assumiu há pouco o Cruzeiro.

Ainda considerado um dos técnicos “tops” do país, Luxemburgo venceu somente o lanterna Atlético-GO e o outro “xará”, Atlético-PR, nas últimas nove rodadas. Nas sete restantes, perdeu para Internacional, em casa (2 a 1), Corinthians, fora (1 a 0), Fluminense, em casa (3 a 1), Grêmio, fora (2 a 1), Vitória-BA, fora (4 a 3) e Ceará, em casa (1 a 0), além de empatar sem gols com o Avaí, em Santa Catarina.

Apesar da campanha ruim, responsável por deixar o time na vice-lanterna da competição, Luxemburgo não perde a pose a confia em levar o Galo aos lugares mais altos da tabela.

– O importante para nós é a conquista do título. Estão cobrando o fato de estarmos na zona de rebaixamento, mas o espírito da equipe é de quem está buscando uma vaga na Libertadores e eu acredito nisso.

 

Cuca, por sua vez, chegou ao Cruzeiro vencendo seus dois primeiros desafios (Atlético-PR e Goiás), mas vem de tropeços ante Fluminense (0 a 1) e Grêmio (2 a 2). O técnico entrará para a partida com a missão de manter o bom retrospecto dos antecessores Emerson Ávila, Dorival Júnior e Adílson Batista contra o arquirrival. Junto, o trio acumula 12 vitórias e dois empates nas últimas 15 vezes que encararam o Atlético-MG (nove com Adílson).

– Eu quero poder começar. A sequência virá depois. À medida em que o jogo se aproxima, aumenta o friozinho na barriga.

Clássico em São Paulo terá “jejum” e estreante: No Pacaembu, às 16 horas, dois velhos amigos estarão em lados opostos. Estreando como substituto de Mano Menezes no comando do Corinthians, o ex-zagueiro Adílson Batista terá pela frente seu antigo “mestre”, Luiz Felipe Scolari.

Capitão de Felipão na conquista da Libertadores da América pelo Grêmio, em 1995, Adílson espera complicar ainda mais a vida do amigo no comando palmeirense. Desde que assumiu o comando alviverde pela segunda vez na carreira, Scolari ainda não venceu (empatou com Ceará e Botafogo e perdeu do Avaí).

Mesmo longe de ter seu cargo à frente do Alviverde ameaçado, Felipão sabe que um resultado negativo diante do maior rival deixará a torcida ainda mais desconfiada do verdadeiro poder de fogo da equipe para a sequência da temporada. Mas espera contar com a compreensão das arquibancadas.

– Peço paciência por parte da torcida, pois um projeto quando se monta não dá frutos de um dia para o outro.

R7

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