Gol de estreante, 10 minutos de acréscimos, empate aos 52 e briga generalizada com direito a intervenção policial e spray de pimenta. O empate em 1 a 1 entre Manaus FC e Treze, na Arena da Amazônia, na capital amazonense, pela sexta rodada da Série C, teve tantos episódios que quase não couberam nesse resumão. O Galo abriu o placar com o estreante Gilvan, regularizado na sexta, e o Gavião buscou o empate com Matheusinho, aos 52 da segunda etapa. O gol gerou uma briga generalizada, o batalhão de choque interviu, usou spray de pimenta, e a bola não rolou mais. Terminou antes do tempo estabelecido nos acréscimos.
O time da casa precisava da vitória para entrar no G4, mas, ao menos com o empate, se manteve distante da zona do rebaixamento, com sete pontos. Já o Treze, que tinha tudo para conseguir sua primeira vitória na competição, viu o sonho ser frustrado no apagar das luzes, somou apenas um ponto, foi a dois no geral e deixou a lanterna para o Imperatriz, porém, segue na zona do rebaixamento, com somente dois pontos.
O Manaus quase viu sua invencibilidade de 16 jogos – dois anos e três meses – na Arena da Amazônia ir por água abaixo, mas, com o empate aos 52, não só manteve a escrita, como ampliou a marca para 17 jogos. Considerando apenas competições nacionais, o time não perde em casa desde junho de 2018. De lá para cá são 13 jogos entre Série D, Copa Verde, Copa do Brasil e Série C.
pesar de fora de casa, foi o Treze quem começou melhor na partida. E, com menos de dois minutos, após bola mal afastada em cobrança de escanteio, Alexandre Santana chutou forte da entrada da área e parou em defesa de Jonathan. Aos poucos, o time da casa, mesmo sem a posse de bola, passou a dominar o meio de campo e criar boas chances. Numa delas, o Gavião apertou a marcação e forçou o erro na saída de bola do Galo. Rennan ficou com a sobra, tocou em Paulinho, que saiu da área, girou sobre a marcação e mandou uma bomba, para grande defesa de Andrey.
O Treze, com caras novas e precisando do resultado para sair da zona do rebaixamento, demonstrava dificuldade para chegar por baixo e, assim, passou a levar perigo nas bolas alçadas na área, seja com Douglas Lima ou com Gustavo. Numa delas, Breno dividiu espaço com Edvan, mas, bem marcado, só conseguiu encostar com a barriga, quase debaixo da trave, mas parou em defesa de Jonathan. O Manaus dava a bola e saía no contra-ataque. Assim, chegou uma vez com Janeudo e, no mais bem trabalhado, Paulinho desperdiçou ao tentar a jogada individual.
Segundo tempo
O Manaus voltou com duas mudanças do intervalo, mas foi o Galo quem abriu o placar, logo aos sete minutos. Alexandre Santana recebeu de Douglas Lima, puxou toda a marcação para si e tocou na direita para Gustavo. O camisa 7 cruzou de primeira para Gilvan, que apareceu livre de marcação e abriu o marcador. Depois, o goleiro estreante Andrey se machucou e deu lugar para Renan. O time da casa, atrás do marcador, até tentava imprimir seu jogo, mas, sem meio de campo, passou a apelar para as jogadas individuais de seus pontas, principalmente com Luizinho, que arrancou duas faltas na entrada da área.
Aos 47, Marcos Vinícius foi expulso e mudou o cenário do jogo. Hamilton, que entrara as 40, passou a ser procurado na área. Na primeira tentativa, ele escorou para Diogo Peixoto, que disputou com Renan, mas a bola sobrou limpa para Paulinho Simionato, que isolou sem goleiro. Aos 52, em jogada parecida, Hamilton escorou cobrança de lateral no primeiro pau, Matheusinho surgiu livre no segundo e deixou tudo igual. E foi aí que a confusão começou. Foram 10 minutos de bate-boca, peitadas e intervenção policial. Mesmo faltando três para os 10 minutos de acréscimos, o árbitro resolveu encerrar a partida.
Próxima rodada
O Manaus volta a campo no próximo sábado, contra o Santa Cruz, no mesmo local, pela 7ª rodada da competição nacional. Já o Treze, que ainda busca seus primeiros três pontos, recebe o Jacuipense-BA no mesmo dia, mas no estádio Amigão, em João Pessoa.
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