O sonho de se classificar para a segunda fase da Libertadores acabou de forma decepcionante para o Vasco. Em partida disputada na noite desta quarta-feira, em São Januário, a equipe cruz-maltina foi goleada pelo Cruzeiro por . A equipe carioca segue com dois pontos ganhos, na última colocação do Grupo 5 e tem remotas chances de ainda garantir uma vaga na Sul-Americana, destinada aos times que ficam em terceiro lugar no grupo. O Cruzeiro chegou aos oito pontos ganhos e assumiu a liderança da chave por ter maior saldo de gols. Os gols foram marcados por Sassá (2), Léo e Thiago Neves.
O resultado premiou o desempenho do Cruzeiro que soube aproveitar o desespero do adversário para construir uma vitória convincente. Foi a segunda goleada aplicada pelo time mineiro nas últimas partidas. O Vasco mostrou muita disposição, mas acabou cometendo muitas falhas na defesa e ainda foi prejudicado pela arbitragem que validou o primeiro gol marcado pelos mineiros, quando Léo estava em posição irregular. A derrota gerou muita insatisfação na torcida vascaína e o jogo chegou a ser interrompido no primeiro tempo por causa de brigas na arquibancada.
Na próxima rodada, o Vasco vai visitar a Universidad do Chile, em Santiago; o Cruzeiro vai receber o Racing, no Mineirão.
Empurrado por uma torcida entusiasmada, o Vasco partiu para cima do Cruzeiro e logo no primeiro minuto, Thiago Galhardo exigiu boa defesa de Fábio com um chute forte. O Cruzeiro tentava esfriar o jogo, mas o time da casa seguia pressionando em busca do primeiro gol. Aos quatro minutos, novamente Thiago Galhardo chutou, a bola desviou na zaga, mas Fábio fez outra defesa segura. Aos oito minutos, após falha de Wellington na intermediária, Rafinha cruzou fechado e Martín Silva saiu de soco para aliviar o perigo.
Um minuto depois, o Cruzeiro marcou o primeiro gol. Após levantamento de Egídio, o zagueiro Léo se aproveitou da hesitação dos zagueiros para empurrar a bola para as redes. Os jogadores cruz-maltinos reclamaram muito da posição impedimento do zagueiro mineiro que estava adiantado, mas a arbitragem confirmou o gol.
Sem outra alternativa, o Vasco partiu para buscar o empate e quase alcançou o objetivo aos 16 minutos. Após cruzamento na área, Fábio saiu mal, Werlei cabeceou fraco e Dedé salvou em cima da linha. Para manter a vantagem, o Cruzeiro tocava a bola com tranquilidade e mantinha apenas Sassá isolado entre os zagueiros.
Aos 24 minutos, o Cruzeiro ampliou. Egídio arrancou pela esquerda, invadiu a área e cruzou para Thiago Neves bater de primeira e colocar no canto direito de Martín Silva. A torcida carioca desanimou, mas a equipe ainda tentou buscar forças para tentar reverter o resultado. E aos 26 minutos, o meia Evander sentiu um problema muscular e foi substituido por Riascos. Vaiado pela torcida, Evander foi consolado por todos os companheiros no banco de reservas.
Aos 32 minutos, o Cruzeiro marcou o terceiro gol. Sassá recebeu na entrada da área e arriscou o chute. A bola raspou na cabeça de Paulão e encobriu Martín Silva que estava adiantado. Depois do terceiro gol, os torcedores cruz-maltinos passaram a xingar o time e o presidente Alexandre Campelo. Alguns torcedores se desentenderam e a policia militar utilizou gás de pimenta para tentar controlar a situação .O árbitro Anderson Daronco interrompeu a partida durante sete minutos até que a situação fosse normalizada.
Quando o jogo foi reiniciado, a partida perdeu muito da intensidade que marcou seu início. O Vasco tentava se aproximar da área cruzeirense, enquanto a equipe visitante apenas tocava a bola para gastar o tempo. Aos 50 minutos, Rildo arrancou pela esquerda, ultrapassou Lucas Romero e cruzou na pequena área, mas Fábio saiu bem e ficou com a bola. Dois minutos depois, Riascos chegou a passar pelo goleiro Fábio, mas perdeu o ângulo e tentou recuar para um companheiro, mas a zaga afastou.
O segundo tempo começou com o Vasco no ataque e, aos dois minutos, Andrés Rios fez boa jogada e bateu rasteiro, mas Fábio fez grande defesa, evitando o primeiro gol da equipe carioca. Dois minutos, Henrique bateu falta e Fábio fez outra boa defesa, espalmando para escanteio. Aos cinco minutos, Riascos investiu pela direita e cruzou fechado. A bola bateu na trave direita e quase surpreendeu o goleiro Fábio.
Aos nove minutos, no primeiro ataque do segundo tempo, Sassá ganhou na dividida com Werley e bateu rasteiro para marcar o quarto gol. Os jogadores do Vasco voltaram a reclamar muito da arbitragem por não ter marcado falta do atacante.
Com grande desvantagem, o Vasco seguiu tentando diminuir o prejuízo e o meia Thiago Galhardo era o melhor jogador do time, mas não encontrava apoio dos seus companheiros que mostravam muito nervosismo.
Aos 26 minutos, Andrés Rios foi derrubado na entrada da área. O argentino bateu no canto direito e Fábio desviou para escanteio. Na cobrança, a bola sobrou para o mesmo Rios que isolou a bola.
Aos 32 minutos, Thiago Galhardo evitou que o Vasco sofresse o quinto gol, ao desarmar Rafinha que estava livre na grande área.
Três minutos depois, foi a vez de Léo evitar o gol, desviando a conclusão de Rios. O técnico Zé Ricardo decidiu promover a entrada do atacante Kelvin que não jogava há 11 meses por causa de uma grave lesão. Ele entrou na vaga de Thiago Galhardo que saiu muito aplaudido pela torcida.
Nos minutos finais, o time mineiro apenas procurou gastar o tempo, enquanto o Vasco tentava a marcação de, pelo menos, um gol, mas não obteve sucesso. Aos 42 minutos, lançado por Kelvin, Riascos bateu para nova defesa de Fábio, no último lance importante do jogo.
Corinhthians – Com uma das piores atuações da temporada, o Corinthians perdeu em casa para o Independiente por 2 a 1, nesta quarta-feira, e a situação que parecia tranquila na Copa Libertadores pode se complicar. O pior é que o resultado ficou até barato para a equipe do técnico Fábio Carille. Os argentinos ainda tiveram um gol anulado irregularmente e ficaram cerca de 15 minutos com um jogador a mais em campo.
Com o resultado, o Corinthians se mantém na liderança do Grupo 7 com sete pontos, mas vê Independiente e Deportivo Lara logo abaixo, com seis, e Millonarios, com quatro. Na próxima rodada, o time brasileiro visita o Deportivo Lara, na Venezuela, enquanto que Millonarios e Independiente se enfrentam na Colômbia.
Na noite que era de festa, com estreia de novo uniforme e um evento para celebrar uma estátua em homenagem ao ex-jogador Sócrates, na Arena Corinthians, o que se viu foi um Corinthians irreconhecível. Foi um dos piores 45 minutos iniciais do time desde que Fábio Carille assumiu o comando. Em 10 minutos de jogo, já perdia por um gol e ainda Balbuena quase fez um contra ao tentar cortar cruzamento para a área. Antes, Benítez abriu o placar após Cássio rebater um chute.
Parecia um time de adulto contra um de meninos. O Corinthians era facilmente dominado em sua casa e viu a situação piorar quando o atacante paraguaio Romero foi desviar uma cobrança de escanteio e fez gol contra. Estava dando tudo errado.
Mesmo sem fazer muito por merecer, a equipe paulista conseguiu amenizar o prejuízo com Jadson e contou ainda com uma ajuda da arbitragem, que viu falta de Figal em Rodriguinho e anulou um gol dos argentinos que saiu logo em seguida. No jogo da Argentina, o Independiente também foi prejudicado, com um gol anulado na derrota por 1 a 0, em casa.
O segundo tempo na Arena foi bem diferente. O Corinthians voltou com tudo para o ataque. Marquinhos Gabriel entrou no lugar de Matheus Vital, em busca de maior velocidade. Depois, Pedrinho entrou na vaga de Sidcley e foi o melhor em campo. A derrota deixava a situação da equipe alvinegra um pouco perigosa na Libertadores e o empate já seria um resultado bem mais favorável.
Apesar da pressão, o time brasileiro não conseguia levar perigo ao gol de Campaña. Faltava calma e, em alguns momentos, fôlego. A maratona de jogos parece ter feito alguns atletas sentirem o ritmo de jogo. Rodriguinho foi um deles.
Já o Independiente fazia de tudo para passar o tempo e garantir o resultado, até certo ponto, surpreendente. E para coroar a noite em que deu tudo errado, Emerson Sheik, que por tantas vezes foi citado por Fábio Carille e pelos torcedores como exemplo de experiência para a Libertadores, mostrou imaturidade.
Aos 35 minutos da etapa final, o atacante, que entrou no lugar de Jadson, acertou Miño sem bola e levou o cartão vermelho direto. Ele havia acabado de entrar como a última esperança do treinador em tentar evitar a derrota. Mesmo com um a menos, o Corinthians foi com tudo para o ataque, mas não adiantou. Os argentinos devolveram a derrota em casa.
Gazeta Esportiva