Oitenta por cento dos eleitores aprovaram a separação da Espanha na consulta popular informal realizada na Catalunha no domingo.
A polêmica votação na região semiautônoma foi considerada inconstitucional pela Justiça espanhola e realizada sob forte oposição do governo de Madri.
Já o líder do Executivo catalão, Artur Mas, disse que a consulta foi um “grande sucesso” que deverá abrir caminho para um plebiscito formal.
“Ganhamos o direito de um plebiscito”, disse Mas a partidários. “Mais uma vez a Catalunha mostrou que quer governar a si própria.”
“Peço ao mundo, peço à imprensa e peço também aos governos democráticos do mundo que ajudem o povo catalão a decidir seu futuro político.”
Na consulta, foram feitas duas perguntas aos eleitores: se eles desejavam que a Catalunha se transformasse em um Estado-nação e se eles desejavam que esse Estado fosse independente.
A vice-presidente do Executivo catalão, Joana Ortega, disse que mais de dois milhões de pessoas participaram da consulta e que, com quase todos os votos apurados, 80,72% dos eleitores haviam respondido sim às duas perguntas.
Cerca de 10% responderam sim à primeira questão e não à segunda, segundo ela, e cerca de 4,5% disseram não às duas perguntas.
Antes da votação, o ministro da Justiça da Espanha, Rafael Catala, disse que a consulta era “inútil”.
“O governo considera que este é um dia de propaganda política organizado por forças pró-independência e não possui nenhum tipo de validade democrática”, disse ele em comunicado.
BBC Brasil