O Irã continuará a permitir a realização de inspeções em suas instalações nucleares, apesar de a entrada de dois funcionários da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) ter sido barrada, disse o enviado do Irã na agência da ONU nesta segunda-feira.
"Esses dois [que foram barrados] não são mais inspetores. No entanto, outros funcionários podem, é claro, fazer visitas. As inspeções continuam, sem interrupção", disse o enviado Ali Asghar Soltanieh a jornalistas.
"Teremos que estar mais vigilantes em relação à performance dos inspetores para proteger a confidencialidade", acrescentou.
Segundo ele, o Irã vetou a entrada dos inspetores porque eles deram informações falsas. Não foram divulgadas as identidades dos funcionários barrados, nem foram revelados mais detalhes sobre o episódio.
O veto à entrada dos dois funcionários foi anunciado nesta segunda-feira pela agência estatal iraniana Isna, que citou o chefe do programa nuclear iraniano, Ali Akbar Salehi. "Estes inspetores não tem o direito de vir ao Irã pois filtraram vazaram informações antes que fossem oficialmente anunciada e, além disso, deram dados falso", disse Salehi à Isna.
"Nós pedimos para que eles não enviassem aqueles dois inspetores novamente para o Irã, que enviassem outros no lugar", afirmou.
A mudança de posicionamento do país veio depois que o Conselho de Segurança da ONU aprovou, no último dia 10, a quarta rodada de sanções contra o país.
Potências ocidentais dizem acreditar que o Irã esteja enriquecendo material atômico para a fabricação de uma bomba, o que é negado pelo Irã.
Ilegais e inválidas
O governo iraniano afirmou na última sexta-feira (18), em comunicado publicado pela agência Irna, que as sanções recebidas do Conselho de Segurança são ilegais e deveriam ser revogadas.
O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, que coordena a política de segurança e defesa do país se posicionou contra as medidas, alegando violação da soberania nacional.
"A entrada do Conselho de Segurança das Nações Unidas nas atividades nucleares pacíficas da República Islâmica do Irã é ilegal e inválida", disse o órgão em comunicado.
Às medidas da ONU aprovadas no dia 10 de junho, somaram-se nesta semana sanções extras aplicadas pelos EUA e pela UE.
De acordo com o órgão iraniano, a aprovação destas sanções adicionais seriam ilegais pois quebram um artigo do estatuto da ONU e contradizem as regras da AIEA.
Israel
O Conselho Supremo disse ainda que que as sanções impostas ao programa nuclear iraniano mostram ao mundo que as potências ocidentais usam "duas medidas" ao lidar com o país, fazendo alusão direta ao posicionamento ocidental com relação à Israel.
O Estado judeu, que ao contrário do Irã não assinou o TNP (Tratado de Não-Proliferação) (TNP), mantém uma política de ambiguidade deliberada sobre seu programa nuclear, que não confirma abertamente nem nega que possua armas atômicas.
"O mundo nunca viu uma resolução do Conselho de Segurança contra a proliferação de armas nucleares do regime Sionista", disse o Conselho, referindo-se à Israel.
Para o órgão iraniano não há justificativa das sanções contra o Irã e enfatizaram que a AIEA não encontrou evidências de que o programa nuclear de Teerã esteja direcionado à produção de armas atômicas.
"A resolução contra a República Islâmica do Irã é baseada em acusações que nunca foram provadas", disse o órgão.
EUA
O Tesouro dos EUA impôs na última quarta-feira (16) sanções adicionais ao Irã por seu programa nuclear, pondo na "lista negra" mais empresas e pessoas suspeitas de ligações com o programa nuclear ou de mísseis do Irã.
As medidas proíbem transações de americanos com as entidades listadas, e buscam congelar quaisquer bens que elas tenham sob jurisdição americana.
"Nossas ações hoje são destinadas a deter outros governos e instituições financeiras estrangeiras de lidar com essas entidades e, desse modo, apoiar as atividades ilícitas do Irã", disse o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner.
O Tesouro americano também tomou uma medida separada para pressionar o setor energético do Irã, identificando 20 empresas de petróleo e petroquímica que estão sob controle do governo iraniano –de modo que não podem fazer negócio com os EUA, sob um embargo comercial geral.
Geithner disse que os EUA planejam mais ações para aumentar a pressão financeira contra o Irã nas próximas semanas. "Vamos continuar mirando apoiadores do Irã para organizações terroristas. Vamos continuar focando na Guarda Revolucionária do Irã", disse. "E vamos continuar a expor os esforços do Irã para evitar as sanções internacionais."
Folha online
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