Nove pessoas foram assassinadas após um tiroteio em uma igreja de comunidade negra no centro de Charleston, na Carolina do Sul (Estados Unidos), na noite desta quarta-feira. A polícia caça o suspeito dos disparos, que seria um jovem branco de aproximadamente 21 anos. Havia uma suspeita de bomba no local do ataque, próximo ao Charleston Marriott Hotel, mas o chefe da polícia da cidade, Gregory Mullen, disse que não foram encontrados explosivos. O pastor da igreja, o senador estadual Clementa Pinckney, estava entre os mortos.
O ataque aconteceu na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, uma das mais antigas da comunidade negra de Charleston. A região foi isolada pouco por volta das 21h (hora local), com várias viaturas policiais e ambulâncias.
— Havia oito mortos dentro da igreja. Duas pessoas feridas foram levadas ao hospital e uma faleceu. No momento, temos nove vítimas fatais deste crime de ódio — disse o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen.
Na manhã desta quinta-feira, a polícia divulgou imagem do suspeito e disse que ele ainda pode estar na área.
Além do Departamento de Polícia de Charleston, o FBI também participa das investigações.O atirador seria um homem branco, de aproximadamente 21 anos, e teria um porte atlético. Ele estaria vestindo moleton cinza, calça jeans e botas.
Mais cedo, testemunhas disseram à rede TV americana CNN que há muitos corpos dentro da igreja que ainda não foram identificados.
— Isso é terrível. É um cenário muito triste — disse um pastor.
Um homem chegou a ser preso com descrição semelhante ao do suspeito de ter realizado o ataque, mas foi liberado.
A Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel foi construída em 1819 quando membros afro-americanos da Igreja de Charleston criaram sua própria congregação e é uma das mais antigas da cidade. Todas as noites de quarta-feira há um estudo bíblico no local.
O crime supõe um novo golpe para a comunidade negra nos Estados Unidos, que nos últimos meses tem sido vítima de crimes aparentemente motivados pelo racismo, em particular homicídios cometidos por policiais brancos contra homens negros desarmados. Foi o caso de Ferguson em 2014 e o de Baltimore há algumas semanas, além de vários crimes semelhantes cometidos em Charleston no ano passado que desencadearam tensões raciais em todo o país.
G1