O presidente Barack Obama afirmou neste sábado que a guerra está prestes a terminar no Iraque, país soberano e independente, a três dias da data fixada para o final da missão de combate americano no país.
"Terça-feira, após mais de sete anos, os Estados Unidos vão pôr um ponto final à sua missão de combate no Iraque, ultrapassando uma etapa importante na parada responsável da guerra", declarou Obama em seu pronunciamento semanal radiofônico.
Obama, que passa neste sábado o último dia de férias em Martha’s Vineyard (Massachusetts, nordeste), fará na noite de terça-feira um discurso televisado, para marcar a data simbólica, transmitido do Salão Oval da Casa Branca.
"Quando candidato, prometi que poria um ponto final a esta guerra. Enquanto presidente, é o que estou prestes a fazer. Fizemos retornar mais de 90.000 soldados desde que tomei posse nas funções", lembrou Obama.
Os efetivos do exército americano no Iraque ficaram, nesta semana, abaixo do teto simbólico de 50.000 soldados. Mais de 4.400 perderam a vida no país desde a invasão de 2003, segundo dados da AFP fundamentados no site independente www.icasualties.org.
De acordo com as promessas de Obama, a missão de combate americana deve terminar oficialmente no dia 31 de agosto. Os soldados restantes, encarregados "de aconselhar e de ajudar" o exército iraquiano, deverão, quanto a eles, deixar o país no final de 2011.
"No final de contas, o que é importante é que a guerra está terminando. Como todo o país soberano e independente, o Iraque é livre para tomar suas próprias decisões sobre o futuro. Até o final do ano que vem, todos nossos soldados estarão de volta", destacou o presidente.
Obama aproveitou a ocasião para estimular novamente os americanos a honrar os militares que serviram no Iraque, através de mensagens de saudação em sites de socialização como YouTube, Facebook, Flickr ou Twitter – uma operação lançada na véspera pela Casa Branca.
"Um debate vigoroso sobre a guerra no Iraque foi realizado em nosso país. Houve patriotas que apoiaram" a invasão do Iraque, "e patriotas que se opuseram", admitiu o presidente no dia 2 de agosto, em Atlanta (Geórgia, sudeste), durante um discurso para ex-combatentes portadores de deficiência causada por ferimentos de guerra.
"Mas não houve jamais diferenças entre nós para apoiar os mais de um milhão de americanos que usaram uniforme no Iraque", havia dito, reiterando que nenhum deles seria abandonado.
Obama reafirmou neste sábado o compromisso, falando sobre uma reforma do secretariado dos ex-combatentes, distribuindo cuidados maiores para com os ex-militares que sofrem de síndromes pós-traumáticas, e a concessão de bolsas de estudo a ex-soldados, semelhantes às que foram estabelecidas após a Segunda Guerra Mundial.
Correio Braziliense