O cessar-fogo de Gaza foi interrompido nesta terça-feira (18) de manhã (horário local), quando as forças de Israel lançaram uma série de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu usar “força militar crescente” contra o Hamas.
Os bombardeios noturnos atingiram vários locais em Gaza, matando mais de 320 pessoas, conforme autoridades palestinas, nos ataques mais extensos desde que um cessar-fogo de meses entrou em vigor, com o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarando: “Esta noite voltamos a lutar em Gaza”.
A trégua entre Israel e o Hamas já estava em risco, com a primeira terminando há mais de duas semanas e todos os lados em desacordo sobre um caminho a seguir que poderia ver os reféns israelenses restantes libertados e uma paz permanente garantida.
A agência militar e de segurança de Israel disse que estava “atualmente conduzindo ataques extensos” contra alvos do Hamas em Gaza.
Em resposta, o Hamas acusou Netanyahu de decidir anular o acordo e “colocar os prisioneiros em Gaza em risco de um destino desconhecido“.
Pelo menos 326 pessoas foram mortas e mais de 440 ficaram feridas na nova onda de ataques israelenses, conforme o Ministério da Saúde palestino em Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do grupo atacaram e invadiram o território israelense. Naquele dia, 1.200 pessoas foram mortas e mais de 200 foram sequestradas.
O conflito gerou instabilidade no Oriente Médio e se expandiu para outras regiões, envolvendo o Hezbollah, no Líbano, e o Irã. Além disso, rebeldes Houthis, do Iêmen, passaram a atacar navios comerciais no Mar Vermelho em protesto às ações de Israel.
Na Faixa de Gaza, a guerra provocou uma crise humanitária generalizada, deixando milhares de pessoas desabrigadas ou deslocadas e reduzindo cidades a escombros.
Foto: AP Photo/Jehad Alshrafi