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Brasileiro que fugiu da prisão nos EUA é capturado após 14 dias de buscas

Danilo Cavalcante, o brasileiro condenado à prisão perpétua que fugiu da cadeia nos Estados Unidos, foi capturado nesta quarta-feira (13), anunciou a polícia da Pensilvânia.

A captura acontece no 14º dia das buscas, que envolveram uma megaoperação com 500 policiais, participação do FBI e fechamento de escolas e parques. Mesmo assim, Cavalcante, que matou a facadas uma ex-namorada e escalou as paredes da prisão para fugir, conseguiu caminhar por 38 quilômetros, roubar uma van e um rifle e trocar tiros com um morador (leia mais detalhes abaixo).

Com a ajuda de câmeras térmicas e cães farejadores, o brasileiro foi encontrado debaixo de uma pilha de madeira dentro do perímetro de buscas. Segundo a polícia, ele não apresentava ferimentos graves, e nenhum tiro foi disparado.

Danilo Cavalcante, condenado por matar a ex-namorada Débora Evangelista Brandão, estava foragido desde 31 de agosto, quando conseguiu escapar da prisão escalando paredes.

“A captura de Cavalcante dá fim ao pesadelo das duas últimas semanas, e agradecemos a cada um dos policiais regionais, estatuais e federais que saíram às ruas em todas as condições, dia e noite”, declarou a polícia do condado de Chester, na Pensilvânia, em comunicado.

Cavalcante foi preso pouco depois das 08h no horário local (09h no horário de Brasília). O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, que abriu a entrevista coletiva de imprensa para informar da captura, afirmou que ninguém ficou ferido durante toda a megaoperação e que a polícia não teve de disparar nenhum tiro para a prisão.

Autoridades temiam a possibilidade de vítimas pelo fato de que o brasileiro estava armado.

A operação final para capturar Cavalcante durou várias horas. Um dos investigadores revelou à agência de notícias Associated Press, que policiais usaram imagens térmicas de aeronaves para identificar uma possível localização. A partir daí, homens em terra fora até o ponto e capturaram Cavalcante.

No período de fuga, o brasileiro foi visto algumas vezes por câmeras de segurança e moradores. A última delas antes da captura foi na cidade de South Coventry, no condado de Chester, no leste da Pensilvânia.

Lá, ele roubou um rifle na porta da garagem de um morador de South Coventry, que estava aberta. O morador viu e trocou tiros com o brasileiro, mas os investigadores acreditavam que Cavalcante não chegou a ser atingido, porque, segundo a investigação, o brasileiro conseguiu correr para uma floresta.

Um cerco foi então montado na região, a 32 quilômetros da prisão de onde ele escapou, e a 74 quilômetros da cidade da Filadélfia, a maior cidade da Pensilvânia e perto também de Nova York.

“Nós o consideramos desesperado, o consideramos perigoso, toda a dinâmica confirma para nós que ele tem uma arma”, afirmou o tenente-coronel George Bivens, responsável pela megaoperação, na terça-feira (12).

Bivens afirmou na ocasião ter certeza que Cavalcante estava dentro do perímetro de buscas estabelecido e que ele seria preso “o quanto antes”.

As últimas pistas que fizeram a polícia fechar o cerco e checar mais perto do brasileiro foram:

Pegadas “idênticas” às dos sapatos que Cavalcante usava na prisão;

O caminho até uma área de floresta que ele provavelmente fez após roubar um rifle na porta da garagem de uma casa em South Coventry.
A rota de fuga não-linear. Segundo a polícia, Cavalcante começou caminhando em direção ao sul da Pensilvânia, mas agora anda em direção ao norte;

A operação de buscas durou 14 dias e angariou críticas pela demora em encontrar o fugitivo dentro de um perímetro de poucos quilômetros. O tenente-coronel George Bivens negou falhas. Ele disse que a tática foi cercar o brasileiro e “estressá-lo” até que ele ficasse acuado e fosse finalmente encontrado.

“A polícia está fazendo um ótimo trabalho. Sabemos que ele está dentro do nosso perímetro de buscas, e Cavalcante será preso o quanto antes”, disse Bivens na terça-feira.

Durante as operações de busca, escolas chegaram a cancelar aulas, e as autoridades pediram que moradores evitassem sair de casa e trancassem portas.

G1

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