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Cientistas desvendam origem de meteoro

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 No amanhecer de 15 de fevereiro de 2013, uma imensa bola de fogo –um meteoro– assustou os moradores de Tcheliabinsk, na Rússia. Nove meses depois, os cientistas pelo menos descobriram de onde ele veio.

Outra revelação interessante foi identificar por que ninguém viu esse bólido chegando até que ele se destroçasse na atmosfera terrestre.
Tudo isso e muito mais está relatado em três novos estudos científicos, dois publicados hoje na "Nature", e um na "Science" de amanhã.
As diversas filmagens da entrada do pedregulho –estimado em 19 metros de diâmetro– permitiram calcular seu percurso pelo espaço até chegar a nós.

Em uma das pesquisas da "Nature", liderada por Jiri Borovicka, da Academia de Ciências da República Tcheca, os cientistas concluíram que o bólido passou as seis semanas que antecederam o impacto numa posição do céu que impedia sua observação pelos astrônomos.

Calculando a órbita completa, o grupo de cientistas percebeu que ela coincidia quase precisamente com a do asteroide 1999 NC43, que tem 2,2 km de diâmetro e se alterna em sua rota entre o cinturão de asteroides e as proximidades da Terra.
Isso faz com que seja provável que o meteoro de Tcheliabinsk fosse um pedaço que se desprendeu desse bólido. A chance de que as órbitas similares sejam apenas coincidência é de 1 em 10 mil.

PODER DE FOGO
No segundo estudo da "Nature", Peter Brown e seus colegas da University of Western Ontario, no Canadá, calculam que a explosão do asteroide ao adentrar a atmosfera teve a força de 500 mil toneladas de TNT.

Trata-se da maior explosão de asteroide no ar em um século, mas ainda inferior ao famoso episódio Tunguska, também na Rússia, em que um objeto de cerca de 50 metros gerou explosão equivalente a pelo menos 3 milhões de toneladas de TNT.
O estudo que sai na "Science", liderado por Olga Popova, da Academia Russa de Ciências, se concentrou mais nos estragos que foram causados pelo impacto.
O grupo visitou as áreas afetadas, recolheu pedaços de meteorito e contou os danos, que afetaram uma área com uma população superior a 1 milhão de pessoas.

É mais uma constatação de que o perigo dos asteroides é real e vale a pena os astrônomos continuarem monitorando a rota desses bólidos.

Uol

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