A edição da Charlie Hebdo após atentado terrorista já estava esgotada antes do amanhecer nos arredores de Paris nesta quarta-feira (14) com direito a brigas em quiosques devido a redução do número de cópias da revista que traz o profeta Maomé na capa.
Na cidade ainda abalada pelas 17 mortes provocadas por extremistas islâmicos, uma história em quadrinhos controversa que supostamente elogiava os jihadistas foi levada sob custódia da polícia.
O núcleo da equipe da edição irreverente pereceu na semana passada, quando homens armados invadiram o escritório da Charlie deixando 12 mortos. Os que sobreviveram deram sequência ao trabalho da revista por meio de escritórios emprestados e uma tiragem de 3 milhões – mais de 50 vezes a circulação habitual.
O ataque do jornal foi o pontapé inicial de três dias de terror e derramamento de sangue na região de Paris, que terminou somente quando forças de segurança mataram três homens armados na sexta-feira.
Na maior parte das bancas do centro de Paris, os exemplares do Charlie Hebdo esgotaram antes das 8h (5h em Brasília) e dois funcionários disseram que "em poucos minutos" venderam todos os jornais.
Em vários pontos de venda na capital francesa, dezenas de pessoas formaram filas para comprar o semanário e acabavam por dispersar à medida que era anunciado que os exemplares tinham esgotado.
Superação
A edição desta quarta do semanário satírico francês saiu em mais de 20 países, com versões em cinco línguas, incluindo o árabe e o turco. A edição é traduzida em inglês, espanhol e árabe, na versão digital, e em italiano e turco, na versão em papel.
O aumento da tiragem deve-se ao fato de a distribuidora MLP (Messageries Lyonnaises de Presse) ter recebido grandes encomendas, não só da França mas também de outros países, depois do atentado de quarta-feira passada (7) à redação do jornal.
As edições anteriores do Charlie Hebdo tinham tiragem de 60 mil exemplares, metade dos quais era vendida em bancas. A edição de hoje, preparada pelos sobreviventes do ataque terrorista, traz na capa uma caricatura de Maomé, com lágrima no olho, segurando um papel com a frase Je suis Charlie, e o título Tudo está perdoado.
A frase Je suis Charlie foi utilizada por milhões de pessoas que se manifestaram em defesa da liberdade de expressão. Os escritórios do semanário no centro de Paris foram atacados na quarta-feira pelos irmãos Said e Cherif Kouachi.
*Com AP e Agência Brasil
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