A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo nesta terça-feira (23), após enfrentar intensa pressão desde o atentado contra o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, ocorrido em 13 de julho.
Em depoimento ao Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados na segunda-feira (22), Cheatle admitiu que a tentativa de assassinato de Trump durante um comício na Pensilvânia representou a “falha mais significativa em décadas” do Serviço Secreto. Trump foi atingido na orelha por um tiro de fuzil AR-15 disparado por Thomas Matthew Crooks, que havia visitado o local do comício e realizado um reconhecimento com drone horas antes do ataque.
O atentado desencadeou uma série de críticas à liderança de Cheatle, culminando em pedidos de renúncia de ambos os partidos. Inicialmente, ela afirmou que não deixaria o cargo, mas após o depoimento, a pressão se intensificou, resultando em sua decisão de sair.
O FBI está conduzindo a investigação sobre o atentado, e o diretor do FBI, Christopher Wray, deve comparecer ao Comitê Judiciário da Câmara na quarta-feira (24). O presidente da Câmara, Mike Johnson, planeja abrir uma força-tarefa bipartidária para coordenar as investigações.
O comissário de polícia da Pensilvânia, Christopher Paris, também deve prestar depoimento ao Comitê da Câmara dos Deputados nesta terça-feira.
Cheatle assumiu total responsabilidade pelas falhas de segurança, reconhecendo que, apesar dos recursos limitados e da necessidade de proteger diversos eventos simultaneamente, o Serviço Secreto deveria ter garantido uma segurança adequada para Trump. O Comitê Judiciário da Câmara possui evidências de que a segurança do comício foi comprometida devido à escassez de pessoal, agravada por outros eventos de alta prioridade.