Cessar fogo e liberdade para os refugiados. Após seis meses de guerra, as Forças de Defesa de Israel anunciaram, ontem, domingo (07/04), a retirada de suas tropas terrestres no sul de Gaza. A brigada militar ainda permanecerá no local. A decisão acontece no dia em que a guerra entre o país contra o Hamas completa seis meses.
Após a retirada de militares do sul de Gaza , o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “a um passo da vitória”. Netanyahu falou também que Israel não concordará com um cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns israelenses capturados no ataque terrorista do dia 7 de outubro de 2023, que deu início ao conflito.
Todas as tropas terrestres serão retiradas, exceto uma brigada, informou um porta-voz militar. Uma brigada israelense costuma ter milhares de soldados. A Brigada Nahan permanecerá no centro e norte de Gaza. Israel quer manter os civis no sul do país, segundo o jornal Jerusalem Post.
Apesar do anúncio, o Exército não descartou novas operações. “A divisão deixou a Faixa de Gaza para se recuperar e se preparar para operações futuras”, afirmou as Forças de Israel em comunicado enviado à AFP.
Após o anúncio, dezenas de refugiados palestinos em Rafah, na fronteira com o Egito, iniciaram sua viagem de retorno a Khan Yunis a pé, de carro ou em carroças, segundo imagens da AFP.
A maioria da população de Gaza está espremida em cidades do sul de Gaza. Os civis foram forçados por Israel a deixar o norte do país no início da guerra.
Delegações dos Estados Unidos, Catar, Israel e Hamas estão no Egito para chegar a um acordo. Israel sofre pressão internacional para encerrar a guerra em Gaza.
Redação