Com o objetivo de cumprir sanções dos Estados Unidos impostas ao Irã, após declaração de Donald Trump, o Instagram e sua empresa controladora, o Facebook, estão removendo postagens que apoiam o comandante iraniano morto após ataque americano, Qassem Soleimani. A informação é de um porta-voz do Facebook em comunicado à CNN Business. O Instagram também encerrou a conta de Soleimani na plataforma.
“Operamos sob as leis de sanções dos EUA, incluindo aquelas relacionadas à designação do IRGC pelo governo dos EUA e sua liderança”, disse um porta-voz do Facebook em comunicado.
Em protesto, o governo do Irã pediu uma ação legal em todo o país contra o Instagram. Também criou um portal em um site do governo para usuários do aplicativo enviarem exemplos de postagens removidas pela empresa, informou a mídia estatal iraniana.
Irã admite culpa
O governo iraniano anunciou neste sábado (11) que seu Exército “abateu involuntariamente” um avião de passageiros ucraniano, o que causou a morte das 176 pessoas que viajam nele. A declaração feita pela TV estatal atribui o episódio a um “erro humano”. A mesma mensagem destaca que as partes responsáveis serão responsabilizadas.
De acordo com o mesmo comunicado, o avião civil voava próximo a um posto sensível do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e acabou sendo confundido com uma possível ameaça.
Tensão e pedido de indenização
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que espera a “admissão total de culpa” do Irã após o país persa assumir a autoria do ataque que derrubou um avião ucraniano e matou 176 pessoas na última quarta-feira (8).
Em um comunicado oficial, lido na TV estatal do país, Zelenskiy disse, ainda, que espera “garantias” do Irã para que seja instaurada uma investigação “completa e aberta” e que “continue sem atrasos e obstáculos”, além do pagamento de indenizações do Irã às famílias das vítimas.
“O Irã se declarou culpado de colidir com o avião ucraniano. Mas insistimos em admitir totalmente a culpa. Esperamos do Irã garantias de sua prontidão para uma investigação completa e aberta, levando os responsáveis à Justiça, o retorno dos corpos dos mortos, o pagamento de indenizações, desculpas oficiais por canais diplomáticos”, disse o presidente ucraniano.
Brasil 247