O líder cubano afastado Fidel Castro exigiu do presidente Barack Obama o fim do embargo contra Cuba, na primeira reação de Havana depois da Cúpula das Américas , na qual o governante americano pediu "atos, e não só palavras" à ilha comunista e à Venezuela para melhorar o abalado relacionamento entre os países.
Fidel saudou Obama por ser "muito inteligente", mas lamentou que o americano tenha sido "evasivo e áspero" ao ser questionado sobre o fim do embargo em uma entrevista coletiva ao fim da cúpula, segundo um artigo publicado no site oficial Cubadebate . Obama disse que cabe a Havana tomar medidas em direção à redemocratização do país.
"Desejo recordá-lo um princípio ético elementar relacionado a Cuba: qualquer injustiça, qualquer crime, em qualquer época, não tem desculpa alguma para perdurar. O cruel bloqueio contra o povo cubano custa vidas, custa sofrimentos", destacou Fidel.
Antes da cúpula, Obama "abriu brechas" no embargo permitindo a cubano-americanos o direito de viajar livremente a Cuba e de mandar quantias ilimitadas de dinheiro a seus parentes na ilha .
Obama disse que espera que Cuba também tome seus passos, soltando prisioneiros políticos e restringindo a taxa cobrada na conversão de dólares americanos em pesos cubanos conversíveis.
O presidente de Cuba, Raúl Castro, irmão de Fidel, disse na quinta-feira (18) que está disposto a conversar com os EUA sobre "pontos sensíveis" na relação entre os dois países, como direitos humanos, prisioneiros políticos e liberdade de imprensa.
As palavras de Raúl foram interpretadas pelos EUA como um sinal de que Cuba quer
melhores relações com os EUA. Mas a coluna de Fidel não toca nesse assunto.
Fidel já havia escrito anteriormente que Cuba não tem medo de dialogar com os Estados Unidos.
G1