A produtora espanhola Antena 3 Films e a colombiana Dynamo Factory iniciaram as filmagens de um longa-metragem para a TV chamado Os 33 de San José, baseado na história dos mineradores chilenos resgatados ontem após permanecerem soterrados a quase 700 metros de profundidade por mais de dois meses.
"A ideia surgiu no instante em que os mineradores ficaram presos involuntariamente. O roteiro começou a ser elaborado naquele momento, e a aprovação da versão definitiva foi feita na semana passada", informou nesta quinta-feira a rede de televisão Antena 3, proprietária da Antena 3 Films.
As cenas externas do filme começaram a ser gravadas há 10 dias, e na próxima segunda-feira, dia 18, terão início as sequencias filmadas na locação que reproduz a mina San José, em Copiapó.
Desmoronamento
Em 5 de agosto, um desmoronamento na mina San José, em Copiapó, deixou 33 trabalhadores presos em uma galeria a quase 700 m de profundidade. Após 17 dias, as equipes de resgate conseguiram contato com o grupo e descobriram que estavam todos vivos por meio de um bilhete enviado à superfície. A partir daí, começou a operação para retirá-los da mina em segurança.
A escavação do duto que alcançou os mineiros durou 33 dias. O processo terminou no dia 9 de outubro, sábado, quando os martelos das perfuradoras chegaram até o abrigo onde eles estavam. Concluída esta etapa, as equipes de resgate decidiram revestir o duto – ainda que parcialmente – para aumentar a segurança antes de retirá-los. Este trabalho terminou no domingo pela manhã.
Depois de muitos testes, o esforço final de resgate teve início às 23h19 de terça-feira, 12 de outubro, quando a cápsula desceu pela primeira vez ao refúgio dos mineiros carregando o socorrista Manuel González – e durou menos de 24 horas. Os trabalhos terminaram às 21h55 da quarta-feira, dia 13. A missão durou pouco menos da metade do tempo estimado pelas autoridades, que era de 48 horas.
Os trabalhadores foram içados dentro da cápsula Fênix II, que tem 53 cm de diâmetro. Durante todo o percurso de subida, eles tinham suas condições de saúde monitoradas, usaram tubos de oxigênio e se comunicaram com as equipes da superfície por meio de microfones instalados nos capacetes.
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