O ex-ditador líbio Muammar Gaddafi, morto no mês passado durante a guerra civil em seu país, tinha um império imobiliário avaliado em 1 bilhão de libras (cerca de R$ 2,8 bilhões) no Reino Unido, segundo informações deste domingo (6) do jornal britânico Sunday Times.
Segundo o periódico, Gaddafi comprou imóveis residenciais em bairros de luxo em Londres, assim como edifícios comerciais e um prédio alugado por um hospital privado.
Essas propriedades fazem parte da rede de investimento global idealizada por Gaddafi, que morreu no dia 20 de outubro ao ser capturado pelos revolucionários líbios na cidade de Sirte.
Durante o conflito civil na Líbia, as Nações Unidas congelaram ativos de mais de 100 bilhões de libras (cerca de R$ 280 bilhões) pertencentes ao regime de Trípoli.
O CNT (Conselho Nacional de Transição) líbio pediu a analistas financeiros e agentes imobiliários em Londres que ajudem a identificar os investimentos que o regime de Gaddafi possuía no Reino Unido.
Entre as propriedades identificadas pelo jornal, estão um complexo de escritórios na City (distrito financeiro de Londres), denominado Beaufort House, no valor de 150 milhões de libras (cerca de R$ 420 milhões), e outros dois blocos de escritórios – Jardine House e 14 Cornhill -, avaliados em 145 milhões de libras (cerca de R$ 405 milhões).
Um dos imóveis pertencentes ao antigo regime de Gaddafi é o prédio utilizado pelo hospital privado Wellington, no bairro londrino de St John’s Wood. Propriedade da empresa Jawaby Property Investment Limited, uma subsidiária da Corporação Nacional de Petróleo da Líbia, o prédio em questão é alugado por 1,4 milhão de libras (cerca de R$ 3,9 milhões) por ano.
Um porta-voz do hospital disse que a direção do estabelecimento não tinha conhecimento do vínculo do edifício ao regime do ex-ditador quando começou a alugá-lo em 2008.
Um dos filhos de Gaddafi, Saif al-Islam, viveu em Londres. Considerado o sucessor do pai no antigo regime, ele estudou na LSE(London School of Economics) e atualmente está em paradeiro desconhecido.
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