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Governo de transição do Egito proíbe autoridades de deixar o país

O Conselho Supremo das Forças Armadas, responsável pelo governo de transição no Egito, proibiu que 43 integrantes do atual governo e que também participavam da gestão do então presidente Hosni Mubarak deixem o país. A ordem determina ainda que sejam investigadas várias denúncias contra essas autoridades. Há informações de que um dos ministros do governo Mubarak é mantido em prisão domiciliar.

A proibição e as investigações se estendem ao ex-ministro do Interior Habib El Adly e ao atual ministro da Informação, Anas El Fekky. As informações foram divulgadas pela rede de televisão estatal do Egito, a Al Arábia TV.

A determinação do governo de transição ocorreu no momento em que o ministro da Informação, Anas El Fekky, havia marcado viagem para Londres (Inglaterra). Mas, de acordo com as informações, Fekky não compareceu ao embarque no aeroporto. A rede estatal de televisão informou que ele está em prisão domiciliar.

Na última sexta-feira (11), Mubarak renunciou ao poder e automaticamente o vice-presidente da República, Omar Suleiman, também deixou o governo. Desde então, está no comando do país o Conselho Supremo das Forças Armadas, sob as orientações do marechal Mohamed Tantawi, que ocupava o cargo de ministro da Defesa na gestão Mubarak.

O ex-presidente resistiu por 18 dias à pressão de manifestações populares e a cobranças de líderes políticos mundiais para deixar o governo. Por quase três décadas, ele se manteve como presidente do Egito. Em 1981, sucedeu Answar El-Sadat, o terceiro presidente do Egito, que morreu assassinado. O crime foi atribuído a militares.

 

Agência Brasil

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