O governo do Japão confirmou nesta sexta-feira o sequestro no Afeganistão de um jornalista freelancer japonês, desaparecido após viajar esta semana para uma zona controlada pelos talebans na província de Kunduz, no norte do país.
"Sei que foi sequestrado, mas quero evitar fazer comentários por vários fatores humanitários", disse o porta-voz do governo japonês, Hirofumi Hirano, em declarações publicadas pela agência Kyodo.
Vários veículos de imprensa japoneses identificaram o jornalista como Kosuke Tsuneoka, 40, quem tinha viajado ao Afeganistão no dia 18 de março.
Segundo as mensagens escritas pelo próprio repórter na rede social Twitter, no dia 29 de março ele estava em Cabul, e na manhã do dia 31 entrou em uma área de Kunduz controlada pelos talebans. Após esse dia, não houve mais notícias dele.
As mensagens na internet também apontavam que a intenção do jornalista japonês era entrevistar vários líderes talebans.
Em seu perfil nessa rede, Tsuneoka se descreve como jornalista freelancer que trabalha para revistas, televisão e outros meios de imprensa.
O repórter tinha coberto, entre outros, os conflitos do Iraque e da Tchetchênia, segundo a agência de notícias Kyodo.
O governo japonês pôs fim em janeiro passado a sua missão logística de apoio aos Estados Unidos no Afeganistão, que se centrava na provisão de combustível às tropas americanas e aliadas no Oceano Índico.
Folha
