Após dois anos de uma disputa judicial que o separou do marido, o brasileiro Genesio Januario Oliveira Junior, o empresário norte-americano Tim Coco ainda tem esperança de ver revertida a decisão da Justiça que negou ao brasileiro um pedido de asilo nos EUA por razões humanitárias.
“Ainda temos esperança que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos vai reconsiderar todos os erros em sua resposta”, diz Coco em entrevista, por e-mail, ao G1. Segundo ele, uma ação legal contra a lei federal que não reconhece a união dos dois está sendo preparada pelo seus advogados e deve ser apresentada antes do final do ano.
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Na última sexta-feira (23), esgotou o prazo para que o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, desse uma resposta ao pedido de asilo de Junior, que argumenta ter sofrido abusos quando era adolescente no Brasil. Sem uma resposta, o pedido foi efetivamente negado.
Junior e Coco se casaram em 2005, em Massachusetts, quando o brasileiro ainda tinha apenas o visto de turista, depois que eles se conheceram em um bar em Boston. O estado de Massachusetts permite o casamento homossexual, mas a lei federal, que não reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo, não permite que ele possa permanecer legalmente no país.
“Essa lei de 1996 não vai resistir a um questionamento constitucional, e muitos membros do Congresso já pensam em revogá-la”, acredita Coco.
O caso dos dois ganhou repercussão após o americano ter conversado pessoalmente com o senador e ex-candidato à presidência dos EUA John Kerry, que pediu ao Departamento de Justiça que reconsiderasse o caso, negado em primeira instância, e concedesse asilo diplomático ao brasileiro.
Segundo Coco, o senador ficou tão frustrado quanto ele com a decisão. “Estamos em contato com o gabinete dele diariamente e ele não se recusa a procurar o procurador-geral Eric Holder ou mesmo o presidente Obama, se necessário.”
Brasil x EUA
Junior também enviou uma carta, no ano passado, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para o então presidente americano George W. Bush e para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
“O governo de vocês apoia a causa, mas tem muitas pessoas no Brasil que não entendem o assunto. De certo modo, os Estados Unidos e o Brasil estão em lados opostos, já que muitos cidadãos americanos defendem os direitos gays, mas o governo federal ainda não dá resposta”, diz o americano, que defende o argumento de o marido se sentir ameaçado no Brasil para pedir asilo nos EUA.
“Nós já havíamos dito em depoimentos que Junior sofreu abusos e ameaças no Brasil. É claro que hoje ele não corre o mesmo perigo, mas há riscos. Isso não quer dizer que sejamos anti-Brasil que, por outro lado, é um país maravilhoso.”
G1
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