Um segundo inquérito confirmou nesta terça-feira (8) que Amy Winehouse morreu por intoxicação acidental causada pelo excesso de bebida alcóolica. A cantora de 27 anos foi encontrada morta em sua casa, no bairro britânico de Candem, no dia 23 de julho de 2011.
A investigação teve de ser repetida depois da demissão da juíza forense que presidiu a primeira em outubro de 2011 por carecer das qualificações necessárias para exercer o cargo nos Reino Unido.
A nova legista, Shirley Radcliffe, reafirmou que a cantora morreu "por intoxicação causada pelo álcool" e que não há circunstâncias suspeitas. O inquérito ainda registra que Winehouse consumiu álcool voluntariamente, "ato deliberado que tomou um rumo inesperado e causou sua morte".
De acordo com o laudo final do inquérito conduzido pela polícia britânica, Winehouse tinha 4,16 gramas de álcool por litro de sangue quando morreu, mais de cinco vezes o limite legal de álcool estipulado para motoristas na Inglaterra, que é de 0,8 g/L.
Segundo a legista, o excesso de álcool pode afetar o sistema nervoso central fazendo com que a pessoa caia no sono e não acorde mais. A família de Winehouse não compareceu ao inquérito de 45 minutos.
Causa da morte
A morte da cantora de 27 anos não está ligada apenas à quantidade de álcool ingerida, mas principalmente ao seu quadro de saúde na época. "A dose de álcool ingerida por ela foi fatal por causa do seu histórico, do ponto de vista nutricional", explica em entrevista ao UOL a especialista e coordenadora do CISA (Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool) Dra. Camila Magalhães.
Segundo Camila Magalhães, uma lista da Global Road Safety Partnership enumera 7 níveis de alcoolemia (nível de álcool no sangue), que dependendem do metabolismo de cada indivíduo. A cantora poderia se encaixar nos 3 últimos, que resultam em coma ou até em morte.
"Se é uma pessoal saudável entra em coma, mas a Amy, por causa do seu passado, morreu imediatamente", justificou.
UOL