A mãe da brasileira Dulce Blank, que sobreviveu ao naufrágio de uma lancha no mar do Caribe neste sábado (23), afirma que perdeu contato com a filha durante a noite. Na manhã deste domingo (24) recebeu uma ligação de uma pessoa contando sobre o acidente com a filha.
“Alguém me ligou logo de manhã com medo, dizendo que tinha visto as notícias, fui para a internet e vi. Falei com o ex-marido dela, e a Dulce ainda não chegou na Costa Rica, mas ainda hoje volta para lá”, disse Leni, mãe de Dulce.
“Fiquei tensa, ainda estou meio apreensiva porque imagino que, psicologicamente, não deve ser fácil presenciar a morte de todas essas pessoas com as quais ela viajava”, completou.
Leni manteve contato com a filha até a tarde de sábado, mas desde então não obteve mais respostas, apesar de ter enviado mensagens. “Ela estava postando fotos, adorando, mas ontem de noite não me respondeu mais e já fiquei atenta”, disse.
Treze pessoas morreram na tragédia e outros 21 sobreviveram, entre os quais está a gaúcha de São Lourenço do Sul, que também estava na lancha que naufragou na Nicarágua. Leni conta que há poucos dias voltou de uma viagem para o mesmo país com a filha.
“Quando eu cheguei lá vi que ela é muito conhecida, logo na imigração o policial me disse que tinha aprendido a falar português no Centro de Estudos Brasileiros, do qual Dulce é diretora. Por isso, acredito que muita gente está em busca de informações sobre ela", afirma.
De acordo com a mãe, Dulce foi para a Costa Rica há mais de 10 anos, onde teve três filhos. O mais velho, Henrique, tem 24 anos, Liliane tem 22 anos, e Eduardo, 13.
G1